Pouco mais de um mês após ver o seu fundador e candidato presidencial Carlos Veiga perder a corrida ao Palácio do Plateau contra José Maria Neves, o Movimento para a Democracia (MpD), partido no poder, vive, segundo observadores cabo-verdianos, um momento de tensão com várias vozes críticas dentro das proprias estruturas.
O ministro do Mar, director da campanha de Carlos Veiga pediu a demissao, e alguns deputados criticaram a postura do Governo que, segundo eles, ditou a derrota do seu candidato, após um retumbante vitória nas legislativas de Abril.
Agora, o deputado Orlando Dias abre caminho à disputa da liderança na próxima convencão do MpD por considerar estar preparado para devolver ao partido a sua essência, que são os fundamentos democráticos, a liberdade de expressão e de escolha.
O deputado diz estar disponível para apresentar uma candidatura ou apoiar uma lista da sua confiança à liderança do partido no poder.
"Desde 2004 que o meu partido não realiza convenções com disputa para a liderança, penso que uma formação politica da democracia e liberdade a coisa que deve defenderem primeiro é a democracia sobretudo a interna, por isso penso que a próxima reunião magna deve ter candidatos na corrida, neste sentido estaria disponível a liderar uma candidatura à liderança do MPD", avança.
Orlando Dias critica a actual direcção do MpD liderada por Ulisses Correia e Silva, afirmando que foram promovidas varias revisões aos estatutos com o intuito de esvaziar os poderes dos órgãos do partido.
Ele quer mais democracia interna no seio do partido.
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