Os economistas Agnelo Sanches e António Batista alertam que o próximo Governo de Cabo Verdevai ter uma margem apertada de financiamento, daí a necessidadede fazer uma gestão rigorosa e inteligente.
Cabo Verde realiza neste domingo, 18, as eleições legislativas, das quais depende a formação do novo governo.
"Nós teremos que ter sabedoria em colocar o dinheiro que tenha retorno rápido, como na criaçãode emprego, melhoria de condições das famílias, segurança e saúde pública (…) afim dereduzir o grande défice que o país apresenta", diz o economista António Batista.
Por seu turno, Agnelo Sanches sugere a redução das despesas de funcionamento do Estado, para que os meios poupados possam ser utilizadosno reforço de áreas como a saúde, a educação, entre outras.
"Estamos a falar de um país que lida com despesas supérfluas, como aquelas com os transportes aéreos (…) os sucessivos governos têm feito gastos exorbitantes em determinadas operações, tudo isso pesa e precisa deser visto com responsabilidade", afirma Sanches.
Os dois economistas não recomendam o investimento em grandes infra estruturas de retorno é demorado, sendo disso exemplo a construção do aeroporto em Santo Antão, novamente promessa do MPD.
Cabo Verde tem uma dívida pública que ronda em cerca de 140 por cento do PIB, e o FMI já alertou que o Governo deverá encontrar outras formas de financiamento, nomeadamente na arrecadação de receitas atravésda cobrança de impostos.