No momento em que as Forças Armadas (FA) cabo-verdianas comemoram 50 anos de existência, o chefe de Estado-Maior solicitou o reforço de meios para que a instituição possa cumprir as missões que lhes são confiadas, nomeadamente a vigilância do extenso território marítimo do país.
O major-general Anildo Morais defende, para o efieto, o reforço das estruturas com novos equipamentos.
Sendo Cabo Verde um país com largo território marítimo, vulnerável a perigos como o tráfico de drogas e todo o tipo de criminalidade organizada, o chefe do Estado-Maior das FA advoga o reforço da Guarda Costeira com mais navios e outros meios, sem esquecer a necessidade de se adquirir pelo menos um helicóptero.
Já o brigadeiro Antero Matos, antigo chefe de Estado-Maior e ex-conselheiro de Segurança Nacional, diz que as FA devem preparar-se para cumprir com propriedade o papel na segurança interna, deixando de ter apenas a missão de apoio às forças policiais.
Para o brigadeiro, as ameaças actuais referem-se ao tráfico de drogas e outro tipo criminalidade interna, daí a necessidade de se ter FA com meios e autonomia de acção para relizar determinadas operações de segurança nacional, já que as ameaças de uma agressão externa são remotas.
Embora Cabo Verde seja um país com limitações financeiras, Matos defendeu uma verdadeira missão de fiscalização do território marítimo do arquipélago.
Antero Matos também é defensor da profissionalização total das FA, ideia que espera ver concretizada a médio prazo.