Cabo Verde assinala, nesta sexta-feira, 5 de Julho, o 44o.aniversário da Independência Nacional, no momento em que o Governo procura mobilizar mais parceiros para acelerar o processo de desenvolvimento sócio-económico do país.
Algumas pessoas entrevistadas pela VOA na cidade da Praia consideram que as autoridades devem encetar medidas de políticas mais acutilantes para melhor qualificação e criação de oportunidades de emprego, sobretudo para os jovens.
Sendo um país constituído maioritariamente por jovens, o reitor da Uni-Piaget diz que é preciso dar-se uma atenção particular a essa camada.
Muito se tem falado sobre a qualidade do ensino depois de o país ganhar a batalha da quantidade.
Wlodzimierz Szymaniak afirma que "a entrada em funcionamento da Agência de Regulação do Ensino Superior vai contribuir para haver maior rigor na fiscalização das actividades das estruturas de formação superior, contribuindo dessa forma para a melhoria em termos qualitativos".
A criação da figura do Provedor nas instituições constitui outro mecanismo que pode ajudar, ressalva aquele docente, que defende também uma "maior aposta no Mar".
Szymaniak destaca a formação profissional na área das pescas, sem esquecer maior incremento do empreendedorismo, como forma de contornar a falta de emprego no seio da juventude.
Por seu lado, o economista Avelino Bonifácio defende mecanismos que permitam "acelerar o crescimento económico tendo em vista a criação de mais riqueza".
O antigo ministro da Economia diz que o crescimento deve reflectir na criação de empregos, pois caso contrário, "os cidadãos não sentirão os efeitos práticos da mesma".
Outros analistas abordados pela VOA dizem que apesar da caminhada positiva que coloca o arquipélago bem posicionado nos vários itens e índices de desenvolvimento, é preciso imprimir uma maior cultura de rigor, prestação de contas na gestão da coisa pública.
Pedem também mecanismos para exigir responsabilidades aos titulares de cargos políticos e gestores públicos.
Em termos democráticos, o país é considerado um dos melhores exemplos em África, já que realiza eleições de forma regular e faz a transição de poderes sem sobressaltos.
Ainda assim, observadores defendem um maior exercício prático da democracia, por entendermm que ela deve ser cultivada e aplicada no dia-a-dia, não se resumindo apenas ao acto da realização de eleições.