A Feira Internacional de Cabo Verde (FIC) abriu as portas dois anos após a última edição devido à pandemia e é vista pelos empresários como uma boa janela para o relançamento económico e de negócios.
No entanto, pequenos e médios empresários pedem mais abertura e facilidades no acesso ao crédito, visando a recapitalização e a desejada retoma da economia.
O Governo criou um pacote para apoiar o sector privado na transição pós-moratória da Covid-19, mas para o presidente da GC Comunicações, Giordano Custódio, há que se fazer uma maior flexibilização para as pequenas e médias empresas.
“Penso que se os incentivos forem diferenciados por sector, a forma de se chegar aos acessos do financiamento bancário também poderá ser facilitada”, diz Custódio.
A empresária Eunice Mascarenhas mostra-se feliz com o panorama de esperança demonstrado com a realização da FIC.
A também presidente da organização Mulheres Empresárias entende que neste momento deve-se focar mais em como pagar os juros dos empréstimos anteriores, tendo em conta que as moratórias terminarão em Março do próximo ano.
“Nós temos que perceber se valerá a pena termos mais créditos no momento em que estamos endividados de todas as formas e em quetemos ainda a questão da moratória com muitas empresas e que terminará em Março do próximo ano”, frisa Mascarenhas.
Ainda assim, a empresária afirma que o Governo deve sempre procurar os melhores mecanismos para ajudar as empresas privadas, para que as mesmas possam retomar e garantir os empregos.
Com o lema "Cabo Verde e as oportunidades em tempos de crise", a FIC abriu as portas nos arredores da capital, Praia, na quarta-feira, 17, com 125 empresas, em 230 stands distribuídos por duas áreas cobertas, com 3.700 metros quadrados, e uma área exterior, com 2.000 metros quadrados.
O evento termina amanhã, 20.