Cabo Verde acolhe nos dias 18 e 19 de Julho a Cimeira dos Chefes de Estado e Governo da CPLP, da qual são esperados resultados diferentes.
Alguns cidadãos ouvidos pela VOA dizem que, até agora, esses encontros pouco ou nada produziram para que haja uma verdadeira união e intercambio de povos da lusofonia.
As autoridades cabo-verdianas afirmam que levam uma agenda com enfoque para o incremento das relações económicas, ciência e inovação, reforço da língua portuguesa e a mobilidade no espaço da comunidade.
Nesse capítulo, muitas pessoas mostram-se cépticas e não acreditam que a Cimeira possa trazer resultados concretos.
O cabo-verdiano José Luís Gomes diz não esperar grandes resultados.
Ainda assim, o técnico do desporto na reforma faz votos que a reunião agendada para os dias 18 e 19 em Santa Maria – ilha do Sal, traga algo concreto que sirva os anseios, não só da classe política, mas de todos os cidadãos dos países da CPLP.
Por sua vez, o guineense Alfa Djalo está esperançado que a Cimeira seja muito produtiva em termos de resultados, que permitam um maior contacto entre os países e povos da comunidade lusófona.
O professor de educação física e dirigente desportivo disse à VOA que nota grande engajamento das autoridades cabo-verdianas em levar uma agenda forte à reunião do Sal.
Embora o dossier mobilidade seja complexo, Djaló considera que há possibilidade de se darem passos para que seja implementado paulatinamente, começando por determinadas categorias profissionais.
Uma comunidade que não tenha mecanismos que permita a livre circulação das pessoas e bens não faz muito sentido. Este é o ponto de vista do professor José Viana, um santomense radicado há vários anos em Cabo Verde.
Sempre que se realiza a cimeira da CPLP vem ao de cima a questão da mobilidade, por isso o nosso entrevistado espera que saiam medidas concretas da reunião do Sal no sentido de resolver este e outros assuntos importantes para a vida da comunidade lusófona.