Cabo Verde comemora, a 5 de julho deste ano, 50 anos da independência nacional. Apesar da graduação a país de rendimento médio, ainda se registam grandes bolsas de pobreza e casos de pobreza extrema no arquipélago.
Esse facto foi denunciado há bem pouco tempo pelo Bispo de Mindelo, Dom Ildo Fortes, que advogou pela redução de gastos públicos e emagrecimento do Estado.
D. Ildo Fortes, após ter feito visitas aos bairros na cidade do Mindelo, disse ter visto muita pobreza, que envergonha.
Cidadãos ouvidos pelo Eugénio Teixeira corroboram este cenário, que exacerba as tem desigualdades sociais.
“Há um esbanjamento do erário público nos festivais e nas atividades que não faz sentido gastar tanto dinheiro numa ilha, num país onde temos uma pobreza grande, por isso devia-se repensar e fazer as coisas de acordo com o país que temos”, diz o artesão Beto Diogo.
Outra cidadã, Dulceneia Morais, afirma que os responsáveis políticos devem tomar consciência da situação que o mundo atravessa e melhorar a vida da população, porque “há muito desemprego e pobreza extrema (...) se andarmos pelos bairros periféricos constatamos casas de lata que estão a erguer por todo lado.”
E o ativista social Bernardino Gonçalves entende que as coisas precisam de ser feitas de forma mais criteriosa e na base de gestão para resultados, endo em conta que “o país gera ou mobiliza riquezas suficientes para que os seus filhos vivam com aquela dignidade básica que norteou todas as grandes lutas do país”.
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