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Cabo Verde: Associações pedem mais acções na protecção e defesa das crianças


Crianças em Cabo Verde
Crianças em Cabo Verde

Associações que trabalham com crianças em Cabo Verde pedem mais acções em prol da camada infanto-juvenil e apontam como sérios problemas o uso desregrado da "internet, álcool e outras drogas".

No Dia Internacional da Criança, 1 de Junho, algumas associações ouvidas pela VOA dizem reconhecer a intervenção do Executivo em matéria de protecção das crianças e adolescentes, mas afirmam ser preciso acelerar passos na criação de outros mecanismos que permitam dar respostas às suas necessidades, sobretudo aquelas que se encontram em situações de vulnerabilidade.

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Para a presidente da Associação de Apoio às Crianças Desfavorecidas (Acrides) Lourença Tavares, os desafios são muitos, por isso considera ser fundamental haver maior "articulação - trabalho em rede" entre os diferentes actores e estruturas que trabalham na protecção das crianças.

Tavares diz que" todos queixam-se e sentem que há necessidade do reforço de diálogo e partilhas de boas práticas, de trabalharmos em parceria já que o problema maior como a internet, o álcool e outras drogas estão a afectar as nossas crianças, por isso as famílias têm de ser chamadas, apoiadas, e os serviços sociais irem às comunidades".

Crianças em Cabo Verde
Crianças em Cabo Verde

"Maior apoio às famílias de crianças com necessidades especiais, sobretudo garantia de empregos dignos", sublinhou aquela activista pelas crianças.

A presidente da Associação Acarinhar, que trabalha na protecção de crianças com paralisia cerebral, afirma que o Estado deve direccionar apoio concreto em termos de infra-estruturas que acolham e desenvolvam actividades com essa camada especial.

Teresa Mascarenhas destaca ainda a necessidade de haver "mais e melhores recursos humanos, bem como a criação de condições para garantir emprego digno às famílias, cuja maioria vive em situação de pobreza".

"Ainda temos muitos desafios porque a maioria das crianças com paralisia cerebral vive no seio de famílias carenciadas cuja maioria é chefiada por mulheres sem trabalho fixo, portanto o peso da pobreza acaba por ser muito mais forte do que a deficiência em si", realça Mascarenhas.

Há dias, em visitas a algumas instituições infantis, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, prometeu criar novos espaços de acolhimento em diferentes concelhos do arquipélago para atender às crianças e adolescentes que estejam em "risco", principalmente as que ficam "expostas nas ruas".

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