Em 1991, o arquipélago optou pelo regime democrático, realizando, de então a esta parte, eleições autárquicas, legislativas e presidenciais com regularidade.
Apesar disso, o país tem outros desafios, nomeadamente a criação de empregos sobretudo para os jovens, camada onde já se registam cerca de 6 mil licenciados desempregados, sem esquecer outros jovens que terminaram o secundário e sem oportunidade de trabalho e acesso ao ensino superior.
Um dos mecanismos, segundo os nossos entrevistados, para melhorar a preparação dos jovens, prende-se com o reforço e a melhoria da qualidade do ensino superior no país.
No entanto alguns jovens abordados pela VOA reconhecem que não cabe apenas ao Estado o papel da criação de empregos para a melhoria das condições de vida da juventude e a população, em geral.
Eles dizem que as empresas, a sociedade civil e as confissões religiosas são também chamadas a darem a sua contribuição, para que haja um ambiente de mais segurança e justiça social no arquipélago.
Outro aspecto que sobressaiu na conversa com os jovens é a necessidade dos políticos, sobretudo os parlamentares, de se preocuparem mais em discutir assuntos importantes para a vida do país, que possam ter reflexos na melhoria das condições de vida das populações.
Por outro lado, este ano o parlamento cabo-verdiano decidiu realizar a sessão solene comemorativa do 5 de Julho na cidade do Mindelo e não na capital, decisão que não foi bem vista pelos partidos da oposição, a UCID e o MPD.
Para o MpD, trata-se apenas de propaganda política que não levará nenhum ganho para São Vicente, ilha que, segundo as referidas forças politicas, necessita de ideias e projectos estruturantes para alavancar o seu desenvolvimento.
Já o PAICV enaltece a iniciativa, assim como Presidente da República que vai presidir o acto comemorativo d0 39º aniversário da Independência Nacional.