A Policia moçambicana desencadeou um movimento de recolha de armas e artefactos de guerra, como parte do esforço para combater a violência jihadista em Cabo Delgado, mas o sociólogo Francisco Matsinhe diz que há o risco de não resultar.
Matsinhe diz que a iniciativa é boa, mas não acredita que durante a operação, cuja duração não foi indicada, seja possível recolher todas as armas em circulação ilegal na província de Cabo Delgado.
Ele referiu que “muitas das armas em circulação ilegal são fornecidas por agentes da policia, pelo que não vai ser tarefa fácil recolher, são muitas armas”.
O movimento foi lançado no distrito de Mocimboa da Praia, em cerimónia dirigida pelo Comandante Provincial da Policia de Moçambique em Cabo Delgado, Vicente Chicote.
Chicote disse que, numa primeira fase, a operação vai abranger os distritos de Palma, Mocimboa da Praia, Nangade, Muidumbe e Mueda, onde se fazem sentir as acções dos jihadistas, que há cerca de cinco anos, aterrorizam a província de Cabo Delgado.
“Existem muitas armas escondidas naqueles distritos, e nós apelamos a que as pessoas as entreguem às autoridades, sem qualquer receio de represália,” disse.
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