A administração municipal de Cabinda, em Angola, foi acusada nesta quinta-feira, 7, por uma organização da sociedade civil local de, alegadamente, não ter dado garantias de segurança a uma manifestação prevista para este sábado, 9, para assinalar o Dia dos Direitos Humanos que se comemora no dia 10 de dezembro.
O líder da Sociedade Civil Organizada (SOCO) disse à Voz da América que o Governo municipal alegou não dispor de meios e de forças policiais suficientes para assegurar a marcha dos manifestantes, o que para os organizadores configura mais uma proibição implícita.
Clemente Cuilo afirmou que, com ou sem a presença da polícia, a manifestação vai ter lugar conforme previsto no plano apresentado às autoridades administrativas sob o lema “Saco de arroz não pode custar 20 mil kz”.
“Com ou sem indeferimento nós vamos avançar porque cumprimos com todos os trâmites legais”, assegurou Clemente Cuilo.
Segundo os organizadores, a manifestação pacífica visa protestar contra “o elevado custo de vida, a perda de poder de compra, a violação dos Direitos Humanos, a degradação social, detenções arbitrárias, excesso da ação policial contra manifestantes, tortura e intimidações da polícia, desemprego acentuado , restrições à livre circulação e má governação”.
Ainda assim, eles esperam da corporação “postura republicana, acompanhando e assegurando o cidadão manifestante de maneiras a evitar factos que possam perturbar o livre exercício dos direitos cívicos dos participantes”.
A manifestação pretende percorrer, entre outras artérias da cidade de Cabinda, terá início à 14 horas e término às 17 horas e os promotores esperam por uma participação acima de 100 cidadãos.
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