O activista Marcos Mavungo e o advogado Arão Tempo compareceram hoje, 16, em tribunal em Cabinda sob a acusação de crime de sedição.
Ambos foram detidos no sábado antes da programada manifestação de protesto contra abusos de direitos humanos e a má governação no território, que foi abordada devido à proibição das autoridades que reforçaram a segurança nas ruas.
O Ministério Público separou os dois processos mas ambos têm a mesma acusação.
O crime de sedição implica atentados contra a segurança do Estado através de motins, tumultos, ameaças ou injúrias ou ainda da invasão de edifícios para se impedir a aplicação da lei e impedir ou perturbar uma entidade que exerça a autoridade pública.
Os advogados fizeram notar que nenhum dos detidos foi apanhado nessas circunstancias.
Mavungo foi preso numa igreja e Tempo num posto fronteiriço quando pretendia ir para o Congo.
O Conselho Provincial da Ordem dos Advogados de Angola considerou que a detenção do advogado Arão Tempo é ilegal.
Num comunicado, aquele órgão afirmou que Tempo foi detido sem qualquer mandado de prisão e que não foi informado das razões da sua detenção
Entretanto hoje, um grupo de senhoras camponesas dirigiu-se à sede do Governo para questionar as autoridades sobre algumas medidas que têm sido aplicadas o que leva, segundo dizem, a restrições no acesso às lavras e viaturas que as transportam para os campos.
As camponesas foram levadas depois à sede do MPLA onde foram informadas das razões dessas restrições mas até ao momento desconhecem-se pormenores