O Burundi está desapontado com a decisão da União Europeia de suspender a ajuda ao país. A suspensão foi anunciada ontem, 14. A União Europeia alega que o país não fez o suficiente para acabar com o conflito politico.
A União Europeia atribuiu a culpa ao Presidente Pierre Nkurunziza pela erupção da violência, que desde Abril do ano passado causou a morte de 400 pessoas.
A ajuda da União Europeia ao Burundi para o período 2014-2020 é estimada em 480 milhões de dólares americanos.
O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Burundi, Alain Nyamitwe, reconheceu que o seu país precisa da ajuda, mas disse que a decisão da União Europeia é uma chamada de atenção para todos os países em desenvolvimento para serem autossuficientes e não depender da ajuda externa.
Ele sublinhou "que apenas os burundenses resolverão os problemas do seu país, e não cabe à União Europeia ou a qualquer outro parceiro determinar o rumo de um país, seja Burundi, Ruanda, Congo, qualquer que seja".
Nyamitwe disse que o Burundi irá aprender a ser resiliente para sobreviver sem a ajuda externa.
Recorde-se que no mês passado, o Secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon e uma delegação de cinco chefes de estado africanos estiveram no Burundi para apelar o governo a optar pelo diálogo para resolver a crise politica.
A comunidade de estados da África oriental indicou, no mês passado, em Arusha, o antigo presidente da Tanzânia Benjamim Mkapa para mediar as conversações entre o governo e oposição do Burundi.
O Ministro dos Negócios estrangeiros do Burundi diz que o governo continua interessado no diálogo.