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Buenos Aires: Trump cancela conferência de imprensa, mas mantém jantar com Xi Jinping


Donald Trump na Argentina
Donald Trump na Argentina

Trump alega morte do Presidente Bush para cancelar conversa com jornalistas

O Presidente dos EUA, Donald Trump, cancelou uma conferência de imprensa, em Buenos Aires, neste sábado, 1, por, segundo ele, que não ser a melhor altura devido à morte do ex-Presidente George H.W. Bush, aos 94 anos de idade.

Mas Trump disse que mantém o jantar com o Presidente chinês Xi Jinping, naquela cidade argentina.

"Ele era fantástico e sentiremos a sua falta. Ele teve uma vida plena e uma vida exemplar", disse Trump sobre o falecido Presidente.

Trump não respondeu à pergunta de um repórter sobre se ele lamenta as suas críticas do passado ao 41º presidente, e seu filho, George W. Bush, que foi o 43º presidente.

"O facto de perdermos um presidente realmente estraga tudo", disse o Presidente sobre o jantar de sábado.

Trégua ou mais tarifas

Durante a refeição, após a conclusão da reunião dos líderes do G-20, Trump e Xi, que serão acompanhados por apenas um pequeno grupo de conselheiros, discutirão assuntos comerciais e outros, revelou o Presidente a repórteres durante uma reunião com a chanceler alemã Angela Merkel.

"É uma reunião muito importante", garantiu Trump.

Entre participantes no jantar estará o consultor de política comercial Peter Navarro, visto como o membro mais agressivo da equipa de Trump em questões económicas com a China.

Grandes líderes de negócios, tanto dos Estados Unidos quanto da China, esperam por algum tipo de trégua ou acordo parcial no que é visto como uma crescente disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo.

Apesar dos meses de reclamações dos Estados Unidos e da imposição de tarifas sobre bens chineses no valor de 250 mil milhões de dólares, Pequim não tomou precauções em relação "às suas práticas injustas, exorbitantes e que distorcem o mercado", segundo um relatório divulgado pelo representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer.

Observadores temem que, se nenhum progresso for feito no jantar de Trump-Xi, o presidente dos EUA cumprirá a sua ameaça de dobrar a quantidade de mercadorias chinesas com taxas punitivas e aumentar as tarifas para um nível de 25 por cento no início do novo ano.

A China, em resposta, ameaça impor impostos sobre mais cinco mil tipos de importações americanas no valor de 60 mil milhões de dólares.

G-20 quer reformas na OMC

"Acho que o pior de tudo é que o conflito entre a China e os EUA mostra novamente os limites das instituições multilaterais, em particular a Organização Mundial do Comércio (OMC)", disse à VOA Roberto Bouzas, professor de relações internacionais e economia da Universidade de San Andres.

No seu comunicado deste sábado, na conclusão da cimeira dos líderes, o G-20 pediu a reforma da OMC para melhorar o seu funcionamento, e o grupo examinará tais progressos na sua reunião de 2019 no Japão.

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