O Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul, instituíram uma parceria económica como parte de uma política que visa ser a alternativa da supremacia política e económica dos países ocidentais.
O grupo conhecido como BRICS projecta criar o seu banco de desenvolvimento na cimeira deste ano a ter lugar na África do Sul na semana que vem. Contudo há interrogações sobre as capacidades do grupo em fazer concorrência ao dólar, a mais poderosa moeda do ocidente. Os especialistas dizem que não.
O dólar americano assegura o desenvolvimento no mundo, como a moeda de troca das maiores instituições financeiras como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
Os países do BRICS anunciaram que querem criar a sua própria moeda para suprir as falhas desses maiores bancos, e beneficiar os países em desenvolvimento. Representantes do BRICS disseram que os fundos a serem disponibilizados no quadro desta iniciativa destinam-se a financiar projectos de infra-estruturas em países em desenvolvimento. Relatórios preliminares sugerem que cada um dos 5 países deve contribuir com 10 mil milhões de dólares para o fundo inicial do banco a se criado.
Mas qual será a moeda a ser usada pelo novo banco? Os especialistas afirmam que esta é uma questão que vale 50 mil milhões de dólares.
Anil Sookal, embaixador da África do Sul no BRICS diz que os últimos detalhes estão ainda a ser concluídos. Mas realça que o grupo já tinha previamente decidido em negociar, e quando possível, em moedas locais, ou seja, o rublo, o real, a rupia, o renmindi e o rand.
“Bem, como deve saber, no ano passado na cimeira de Nova Deli, assinamos um acordo, um acordo interbancário, sobre o comércio em moedas locais entre os países do BRICS. Portanto já existe um acordo sobre o comércio em moedas locais. Mas em termos de moeda de troca a ser usada pelo banco BRICS, esta é também uma questão a ser colocada aos ministros das finanças para tomarem uma decisão.”
Mas nenhuma das moedas dos países do BRICS tem suporte para assumir ou assegurar um banco, uma vez que nenhuma delas é considerada como moedas de tesouro internacional. As que têm essa capacidade são o dólar, a libra inglesa e o euro, que as vezes são tidas como reservas de governos e de grandes instituições financeiras.
Simon Freemantle analista do Standard Bank diz que a China vai tentar usar o banco BRICS para reforçar o estatuto da sua moeda.
“Penso que ser central para o banco da China, pelo menos, tem sido esse o desejo de usar essa via como forma de continuar a internacionalização do renminbi… Penso que a ideia não seria de assegurar o banco através de uma só moeda… Mas vais haver também benefícios em remover o dólar das trocas comerciais, digo, África do Sul e o Brasil, África do Sul e a Índia, se tiver que acontecer. Mas penso que principalmente vai ser um avanço para a internacionalização do RMB.”
Mas o futuro é ainda um desafio inegável. Os investimentos chineses em África atingiram cerca de 20 mil milhões de dólares no ano passado e o renminbi está a jogar um grande e maior papel ali. O bancário Simon Freemantle estima que 40 por cento das trocas comerciais China-África poderá ser feita em renminbi nos próximos dois anos, a contar dos 10 por cento actuais.
O grupo conhecido como BRICS projecta criar o seu banco de desenvolvimento na cimeira deste ano a ter lugar na África do Sul na semana que vem. Contudo há interrogações sobre as capacidades do grupo em fazer concorrência ao dólar, a mais poderosa moeda do ocidente. Os especialistas dizem que não.
O dólar americano assegura o desenvolvimento no mundo, como a moeda de troca das maiores instituições financeiras como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional.
Os países do BRICS anunciaram que querem criar a sua própria moeda para suprir as falhas desses maiores bancos, e beneficiar os países em desenvolvimento. Representantes do BRICS disseram que os fundos a serem disponibilizados no quadro desta iniciativa destinam-se a financiar projectos de infra-estruturas em países em desenvolvimento. Relatórios preliminares sugerem que cada um dos 5 países deve contribuir com 10 mil milhões de dólares para o fundo inicial do banco a se criado.
Mas qual será a moeda a ser usada pelo novo banco? Os especialistas afirmam que esta é uma questão que vale 50 mil milhões de dólares.
Anil Sookal, embaixador da África do Sul no BRICS diz que os últimos detalhes estão ainda a ser concluídos. Mas realça que o grupo já tinha previamente decidido em negociar, e quando possível, em moedas locais, ou seja, o rublo, o real, a rupia, o renmindi e o rand.
“Bem, como deve saber, no ano passado na cimeira de Nova Deli, assinamos um acordo, um acordo interbancário, sobre o comércio em moedas locais entre os países do BRICS. Portanto já existe um acordo sobre o comércio em moedas locais. Mas em termos de moeda de troca a ser usada pelo banco BRICS, esta é também uma questão a ser colocada aos ministros das finanças para tomarem uma decisão.”
Mas nenhuma das moedas dos países do BRICS tem suporte para assumir ou assegurar um banco, uma vez que nenhuma delas é considerada como moedas de tesouro internacional. As que têm essa capacidade são o dólar, a libra inglesa e o euro, que as vezes são tidas como reservas de governos e de grandes instituições financeiras.
Simon Freemantle analista do Standard Bank diz que a China vai tentar usar o banco BRICS para reforçar o estatuto da sua moeda.
“Penso que ser central para o banco da China, pelo menos, tem sido esse o desejo de usar essa via como forma de continuar a internacionalização do renminbi… Penso que a ideia não seria de assegurar o banco através de uma só moeda… Mas vais haver também benefícios em remover o dólar das trocas comerciais, digo, África do Sul e o Brasil, África do Sul e a Índia, se tiver que acontecer. Mas penso que principalmente vai ser um avanço para a internacionalização do RMB.”
Mas o futuro é ainda um desafio inegável. Os investimentos chineses em África atingiram cerca de 20 mil milhões de dólares no ano passado e o renminbi está a jogar um grande e maior papel ali. O bancário Simon Freemantle estima que 40 por cento das trocas comerciais China-África poderá ser feita em renminbi nos próximos dois anos, a contar dos 10 por cento actuais.