A posição da África do Sul como porta de entrada para o Mercado africano é o destaque deste ano da cimeira do grupo BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – a ter lugar em Durban.
África do Sul é o mais novo e menos poderoso membro do grupo BRICS. Mas os responsáveis sul-africanos afirmam que a participação do país nesse grupo de economias emergentes, é uma porta garantida de acesso a África, aos recursos económicos do continente, a mão-de-obra barata e a expansão do mercado de consumo.
E foi a propósito que o presidente sul-africano Jacob Zuma disse ter convidado, ao todo 15 chefes de Estados africanos para esta cimeira. Entre eles, estão os novos líderes da Etiópia, e do Senegal, e ambos vão também representar as respectivas organizações regionais.
Mas será que os países do BRICS precisam que a África do Sul os apresente ao resto de África? Tom Wheeler do Instituto de Relações Internacionais da África do Sul, diz que talvez.
“Em certos pontos, sim, noutros não. Penso que a China não vem a África do Sul para conhecer a África, e nem a Índia. Em certos casos, as instituições financeiras aqui são importantes para a entrada em África, mas esses países provavelmente não precisam disso. Existem talvez outros países que irão usar essa via mais regularmente.”
Wheeler realça que o comércio China-África atingiu 20 mil milhões de dólares no ano passado. O presidente Xi Jinping na sua primeira visita ao continente para participar nesta cimeira, está a visitar também a República do Congo e a Tanzânia.
Mas os responsáveis sul-africanos defendem que estão a tentar incluir o resto do continente através do proposto banco de desenvolvimento do BRICS, que deverá disponibilizar empréstimos que as grandes instituições credoras internacionais não estão em condições de fazer. O banco do BRICS vai privilegiar as infra-estruturas – como questão chave em África, onde muitos países ricos em recursos não conseguem suprir a falta de estruturas básicas.
Caroline Bracht da Universidade de Toronto e uma especialista do BRICS diz que os líderes africanos convidados para cimeira têm boas razões para desenvolver relações de amizade com os BRICS.
“A taxa de crescimento desses países tem sido variável, no último quadriénio ou então nos dois últimos, mas ainda assim é muito mais rápido que os países do ocidente. Portanto esses países até ao momento, através do engajamento com o BRICS, têm o acesso a alguns recursos. A questão agora é, quem vai dirigir a agenda. E estou confiante que o diálogo África-BRICS vai facilitar a agenda Africana, versus BRICS, quer seja ao nível bilateral como multilateral.”
Quanto a questão se a participação da África do Sul vai beneficiar o resto da África como um todo, a resposta só será mais clara quando a cimeira tiver o início na Terça-feira.
África do Sul é o mais novo e menos poderoso membro do grupo BRICS. Mas os responsáveis sul-africanos afirmam que a participação do país nesse grupo de economias emergentes, é uma porta garantida de acesso a África, aos recursos económicos do continente, a mão-de-obra barata e a expansão do mercado de consumo.
E foi a propósito que o presidente sul-africano Jacob Zuma disse ter convidado, ao todo 15 chefes de Estados africanos para esta cimeira. Entre eles, estão os novos líderes da Etiópia, e do Senegal, e ambos vão também representar as respectivas organizações regionais.
Mas será que os países do BRICS precisam que a África do Sul os apresente ao resto de África? Tom Wheeler do Instituto de Relações Internacionais da África do Sul, diz que talvez.
“Em certos pontos, sim, noutros não. Penso que a China não vem a África do Sul para conhecer a África, e nem a Índia. Em certos casos, as instituições financeiras aqui são importantes para a entrada em África, mas esses países provavelmente não precisam disso. Existem talvez outros países que irão usar essa via mais regularmente.”
Wheeler realça que o comércio China-África atingiu 20 mil milhões de dólares no ano passado. O presidente Xi Jinping na sua primeira visita ao continente para participar nesta cimeira, está a visitar também a República do Congo e a Tanzânia.
Mas os responsáveis sul-africanos defendem que estão a tentar incluir o resto do continente através do proposto banco de desenvolvimento do BRICS, que deverá disponibilizar empréstimos que as grandes instituições credoras internacionais não estão em condições de fazer. O banco do BRICS vai privilegiar as infra-estruturas – como questão chave em África, onde muitos países ricos em recursos não conseguem suprir a falta de estruturas básicas.
Caroline Bracht da Universidade de Toronto e uma especialista do BRICS diz que os líderes africanos convidados para cimeira têm boas razões para desenvolver relações de amizade com os BRICS.
“A taxa de crescimento desses países tem sido variável, no último quadriénio ou então nos dois últimos, mas ainda assim é muito mais rápido que os países do ocidente. Portanto esses países até ao momento, através do engajamento com o BRICS, têm o acesso a alguns recursos. A questão agora é, quem vai dirigir a agenda. E estou confiante que o diálogo África-BRICS vai facilitar a agenda Africana, versus BRICS, quer seja ao nível bilateral como multilateral.”
Quanto a questão se a participação da África do Sul vai beneficiar o resto da África como um todo, a resposta só será mais clara quando a cimeira tiver o início na Terça-feira.