No Brasil, 2022 foi ano da eleição de um novo Presidente da República. Mas isso estava longe de ser uma disputa comum. Jair Bolsonaro e Lula disputaram voto a voto para decidir quem assumirá o cargo em Janeiro de 2023.
Pela primeira vez na história do país, um presidente da República e um ex-presidente se enfrentaram nas urnas. Jair Bolsonaro e Luis Inácio Lula da Silva protagonizaram a eleição mais disputada e acirrada da democracia brasileira.
No final, Lula venceu, com uma diferença de pouco mais de dois milhões de votos. A partir de 1º de Janeiro, ele será o novo presidente do Brasil, pela terceira vez.
“Governarei para 215 milhões de brasileiros e não,só para quem votou em mim. Não existem dois Brasis, somos um só país, um apenas pessoas, uma grande nação,” disse Lula da Silva, na celebração.
Mas antes de escolher entre os candidatos, o eleitor brasileiro teve que presenciar uma batalha de polêmicas e muitas fake news.
Para Rodrigo Prando, analista político, foi uma eleição em que não se discutiam ideias e propostas, mas sim ideologias políticas.
Medo
O cientista político Rodrigo Prando comentou que “tivemos uma eleição baseada no medo, ódio e rejeição. E tudo isso misturado, alimentado por fake news e conspirações não são bons companheiros da democracia e da livre circulação de ideias, porque deturpam o que realmente é uma eleição”.
Ao longo do ano, o actual presidente usou os microfones para desacreditar o processo eleitoral e ameaçar a democracia. Ele disse que as urnas eletrónicas, as mesmas que o elegeram em 2018, eram fraudulentas.
“No Brasil não tem como acompanhar o cálculo. Acusam-me de querer dar o golpe, mas as urnas eletrónicas não são seguras,” disse Bolsonaro. .
Para os especialistas, 2022 foi um ano em que o Brasil acabou dividido e não será fácil trazer a nação de volta ao que era no passado.
“O próximo governo deveria clamar por reconstrução e unidade nacional, independente da força que mantém Bolsonaro mesmo sem Bolsonaro no poder,” disse Prando.
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