No Brasil ,o Senado Federal vota hoje o relatório da comissão do impeachment, que recomenda o julgamento final da presidente afastada Dilma Rousseff.
O documento, elaborado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB), recomenda o julgamento da petista.
Anastasia entende que é procedente a denúncia de que Dilma cometeu crime de responsabilidade ao editar decretos de crédito suplementar sem autorização do Congresso e ao praticar as chamadas "pedaladas fiscais".
Os trabalhos no plenário do senado devem durar cerca de 20 horas e podem terminar apenas amanhã cedo. Para ser aprovado, o relatório precisa dos votos da maioria simples dos senadores.
Se o Senado rejeitar o parecer, a denúncia contra Dilma vai ser arquivada. No entanto, os próprios aliados da petista já reconhecem que o relatório será aprovado.
No caso de aprovação do parecer, caberá ao presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que conduz o processo de impeachment, marcar a data do julgamento final, previsto para o fim deste mês.
O senador Álvaro Dias (PV) acredita que a presidente Dilma vai mesmo a julgamento no fim do mês. Ele também lamentou a demora desse processo por causa dos trâmites jurídicos.
“É necessário cumprir formalidades, por isso essa demora (...) teremos hoje uma sessão longa com muitos discursos e interrupções. A expectativa é a manutenção dessa tendência de afastamento definitivo da presidente Dilma”, disse.