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Dilma protagoniza mais um reviravolta nas sondagens


Dilma Roussef e Aécio Neves
Dilma Roussef e Aécio Neves

Sondagem do Instituto Datafolha revela Dilma com 52% e Aécio com 48%.

No Brasil, as últimas sondagens confirmam que a reviravolta e os ataques vigorosos ao adversário são as grandes marcas da corrida pela Rresidência da República nesta campanha de 2014.

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O levantamento mais recente, do Instituto Datafolha, mostra que a presidente Dilma Rousseff (PT), que disputa a reeleição, voltou a liderar as sondagens de intenções de votos na disputa com o adversário Aécio Neves (PSDB). Pelo Instituto Datafolha, Dilma tem 52%, contra 48% de Aécio. Até agora, neste segundo turno, os dois candidatos estavam empatados tecnicamente, mas com Aécio em vantagem numérica.

Para analistas, esse acirramento da disputa tem sido um dos responsáveis pelo perfil agressivo da campanha, com ataques mútuos entre os candidatos.

Atacar é a estratégia declarada, sobretudo, da candidata petista. Nomes da campanha não negam que os embates foram a grande aposta neste segundo turno. Os estrategistas do PT tentam convencer o eleitor de que as denúncias que mancham a trajectória política do partido da presidente também fazem parte realidade de governos do PSDB.

Já a campanha de Aécio, que em boa parte criticou os erros do PT e da adversária em si no comando do Brasil, tenta emplacar, nos últimos dias, um discurso mais light, com o foco na mudança que ele pode representar para o país. O analista de marketing Daniel Machado concorda que a estratégia comum, explícita ou não, dos candidatos ainda é o ataque.

“Já dizia um ditado popular que o ataque é a melhor defesa. Nós temos dados mostrando que, dos actuais 22 anúncios de campanha na TV, 19 são de ataque, só três com propostas. Existe mesmo uma ausência de propostas e isso tudo tem gerado confusão. O eleitor mais consciente tem pedido nas redes sociais mais propostas, pedindo para que seja debatido o Brasil, a segurança pública, a saúde”, explica Machado.

Além do descontentamento do brasileiro, com o excesso de ataques em detrimento de propostas, a principal estratégia dos candidatos à presidência traz outro ponto contraditório e arriscado.

“O eleitor brasileiro historicamente não gosta. Ele não vê com bons olhos esses ataques. O que mais acontece é a vitimização, o candidato se tornar vítima, de um lado ou de outro. O que é atacado às vezes não rebate, mas cria-se um sentimento de vítima e a população, principalmente a mais carente, se identifica com esse atacado”, continua o analista.

Daniel Machado destaca, ainda, que o acirramento e a possibilidade da estratégia agressiva ter efeito contrário fazem com que as campanhas dos dois candidatos monitorem 24 horas por dia a reacção do brasileiro.

“Isso tudo tem gerado um clima de tensão, de preocupação de ambas as campanhas. Eles estão tentando através de pesquisas qualitativas, avaliando o tom da fala, do discurso. Os debates são monitorados, os estrategistas, consultores e marketing avaliam em tempo real as mudanças”, conclui Machado.

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