O Brasil está atento ao Supremo Tribunal Federal (STF) que começa a julgar nesta quarta-feira, 4, o pedido de habeas corpus preventivo do antigo Presidente Lula da Silva.
O caso coloca os juízes, mais uma vez, diante do tema da prisão após segunda instância.
Condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região a 12 anos e um mês de reclusão, o antigo Presidenete tenta evitar a execução da pena para recorrer do processo em liberdade.
O julgamento conta com um forte reforço policial no entorno do STF.
A Praça dos Três Poderes está fechada há quase 24 horas e os manifestantes podem chegar apenas até a frente do Congresso Nacional.
Nesse julgamento, cada um dos 11 ministros da Corte vota pela concessão ou pela rejeição do habeas corpus preventivo apresentado pela defesa de Lula.
Tanto para determinar a prisão quanto para conceder o habeas corpus que a impediria, serão necessários os votos de pelo menos 6 dos 11 juízes do STF.
“Queremos um Brasil melhor. O povo exige decência no STF. O povo exige que eles trabalhem em nosso favor. Lula na cadeia!”, disse o aposentado Mário Luís Filho.
Um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre, Ivan Guinter, reforça o pedido feito pelos manifestantes pela prisão do petista.
“O objectivo do acto é garantir a prisão de Lula da Silva, que já está condenado. O STF não é confiável e existe essa possibilidade dele ser isento, por isso estamos nas ruas”, disse outro manifestante.
Alguns dos apoiantes do ex-governante brasileiro estão temerários, como a professora Diva Moreira.
“Concordar com a prisão do Lula é concordar com o arbítrio de um Estado de excpeção que acontece no nosso país. Não temos uma expectativa positiva de que o Lula sairá livre, mas vamos continuar na luta”, disse.
Outros estão mais confiantes, como a comerciante Aline Silva.
“Acreditamos que seremos vencedores porque hoje a situação dada no país mostra que o STF está constrangido não pela pressão popular, mas pela própria questão de se ater ao direito e à Constituição de que eles não vão poder dar um resultado diferente do que o do respeito à Constituição”, ressaltou.
O julgamento começa às 14 horas de Brasília.