Assim como em várias partes do mundo, o Brasil também homenageia, nesta terça-feira, 27, as vítimas de um dos capítulos mais deploráveis da história, o holocausto.
A Confederação Israelita do Brasil, a Federação Israelita do Estado do Rio de Janeiro e o Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil, o UNIC Rio, realizam esta noite, no Palácio do Itamaraty, no Rio de Janeiro, uma cerimónia pelo do Dia Internacional em Memória às Vítimas do Holocausto.
Além da homenagem aos milhares de judeus assassinados, serão lembrados especialmente os 70 anos da libertação do campo de extermínio de Auschwitz, a maior máquina da barbárie nazista.
A cerimónia vai contar com a presença de autoridades brasileiras, diplomatas, principalmente franceses, que vão homenagear também os judeus mortos nos ataques terroristas em Paris.
Sobreviventes do holocausto, representantes de outras comunidades vítimas do nazismo e de outros tipos de perseguições também marcam presença no acto.
Mais de 100 mil judeus vivem, hoje, no Brasil. O país abrigou muitos descendentes das vítimas da segunda guerra mundial e até sobreviventes do regime nazista, como o polaco Joseph Nicholson, que morou 30 anos em Belo Horizonte (MG).
Ele lembra o sofrimento vivido em Auschwitz. “A gente via a morte, sentia a morte a cada minuto, a cada hora, a cada passo. Criança e idosos morriam na câmera de gás. Em oito, 10 minutos acabava a vida dessas pessoas. Conseguir sobreviver ao inferno é querer seguir em frente e continuar a vida,” lembra.
O professor Ariel Finguermam, escritor de livros sobre o holocausto, lembra que as lições desse capítulo terrível da história mundial não podem ser esquecidas jamais. O estudioso alerta, ainda, para outros massacres, a exemplo do holocausto, que o mundo assiste hoje.