Bárbara Ferreira Santos
Com o agravamento da guerra civil na Síria e a fuga de milhões de pessoas, o Brasil abriu as suas portas para receber cidadãos daquele país.
Nesta semana, o Comité Nacional para os Refugiados no Brasil, (Conare) assinou uma parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) para actualizar o banco de dados sobre áreas de conflito no mundo.
As primeiras actividades dessa parceria vão ser desenvolvidas nos consulados brasileiros na Jordânia, Líbano e Turquia e visam facilitar a concessão de vistos principalmente para refugiados sírios.
Segundo o Secretário Nacional de Justiça e presidente do Conare, Beto Vasconcelos, o Brasil prorrogou para dois anos a concessão de vistos especiais a sírios para agilizar a sua entrada no país.
Hoje, constituem o maior grupo de refugiados no Brasil, com 2.097 cidadãos.
Desse número, 83% chegaram nos últimos dois anos.
Apesar dos esforços do Governo para receber essas pessoas, o fundador do Instituto de Reintegração do Refugiado (Adus), Marcelo Haydu diz haver muito trabalho a ser feito.
Ante as diferenças de idioma e de cultura, os sírios têm recebido principalmente a ajuda da comunidade islâmica, especialmente nas regiões próximas a mesquitas nas grandes cidades brasileiras.
A expectativa do Governo e de especialistas é que, com o incentivo da comunidade já instalada, cresça a chegada o número de sírios a Brasil a curto prazo.
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