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Botelho de Vasconcelos diz que empresa citada dos Panama Papers não teve actividade


José Maria Botelho de Vasconcelos
José Maria Botelho de Vasconcelos

Ministro angolano dos Petróleos citado no escândalo afirma que empresa "não põe em causa" o seu "bom nome, em particular, nem do país em geral".

O ministro angolano dos Petróleos angolano reconheceu a sua ligação à Medea Investiments Limitada, cujo nome foi revelado no escândalo de empresas offshore denominado "Panama Papers", revelado no domingo 3 pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação (International Consortium of Investigative Journalists, ICIJ).

"Foi de facto criada, em 2001, a empresa Medea Investiments Limited com o objetivo de participar em eventuais parcerias, que no entanto, por diferentes razões, não chegou a exercer qualquer tipo de actividade", diz um comunicado assinado por José Maria Botelho de Carvalho enviado às redacções.

Botelho de Vasconcelos explica ainda que a criação da empresa, citada como tendo ligações à Mossak Fonseca, acusada de criar empresas fantasmas, "não põe em causa" o seu "bom nome, em particular, nem do país em geral".

Na nota em seu nome pessoal, Botelho de Vasconcelos diz estar consciente "consciente do meu dever moral, como cidadão e como patriota".

Panama Papers

A investigação realizada pelo ICIJ não revela, por agora, o envolvimento do ministro angolano de Petróleos em actividades ilícitas.

Os investigadores dizem ser ele o proprietário do Medea Investments Limited e de estar ligado ao Estúdio Legal Roca & Associados.

De acordo com o documento, a 6 de Março de 2002 José Maria Botelho de Vasconcelos teria colocado a Medea Investments Limited, no seu nome com um valor de um milhão de dólares.

Em 2006, a empresa constituída inicialmente em Niue, um país-ilha no Oceano Pacífico, foi inactivada e transferida para a Samoa.

Em ambos os casos, a empresa foi transformada em acções ao “portador”, ou seja a favor de Botelho de Vasconcelos, o que torna mais difícil seguir os passos da mesma na óptica dos investigadores.

Entretanto, os autores da investigação reiteram não ser ilegal ter uma empresa offshore, desde que as suas actividades sejam devidamente contabilizadas e auditadas.

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