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BM “passa” a receita a Bissau: Reduzir gastos e aumentar receitas


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A dívida  global do país é de cerca de 1.420 milhões de dólares, um défice perto de 30% do PIB.

O Banco Mundial (BM) recomendou ao Governo da Guiné-Bissau melhorar o seu quadro de despesas públicas e aumentar a capacidade de mobilização de receitas.

A indicação daquela instituição de Bretton Woods foi anunciada pelo ministro das Finanças, Suleimane Seide, que citou o relatório sobre “Análise das Despesas Públicas” apresentado nesta terça-feira, 13, na capital guineense.

O BM afirma que a dívida global é de cerca de 900 mil milhões de cfa (mais de 1.420 milhões de euros), um défice perto de 30% do PIB, o que, segundo Seide “põe em causa o défice acordado com o Fundo Monetário Internacional”.

Por isso, o ministro avisou que Governo "vai ser obrigado a fazer duas emissões de dívida para cobrir responsabilidades de títulos tesouro".

“Um dos setores que teve destaque no relatório do Banco Mundial tem a ver com a saúde”, revelou Seide, apontando também o “endividamento excessivo”.

O governante alertou que “a dívida do país está na ordem de 82% do seu Produto Interno Bruto”.

O economista Serifo Só destaca o fato de o relatório ter incidido especialmente nos setores da electricidade, pensões e saúde, “que representam uma maior preocupação para a despesa pública”.

O ministro das Finanças concluiu que o Governo conseguiu aproximar-se dos objetivos definidos, mas as despesas passam "largamente" o valor das receitas, e os dados mostram "derrapagens muito substanciais".

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