O Bloco Democrático (BD) manifesta-se preocupado com a morosidade que está a conhecer o processo-crime intentado em Maio último contra a Polícia de Intervenção Rápida em face da agressão a um dos seus responsáveis por elementos da corporação.
O advogado do processo Luís Fernandes do Nascimento disse à VOA não haver até ao momento indicações de que o assunto esteja em andamento, depois que a Procuradoria Geral da República(PGR) convocou, em Julho passado, o presidente do BD Justino Pinto de Andrade e algumas testemunhas para prestarem os primeiros depoimentos.
O também responsável pelos assuntos políticos daquela agremiação política levantou suspeitas de que o caso possa ter encalhado na Direcção Nacional da Acção Penal da PGR por envolver a Polícia Nacional.
“A questão que se põe é se o PGR tem a coragem de processar o queixado, o que seria inédito”, declarou.
Luis de Nascimento disse que o seu partido poderá recorrer a outras instância judiciais se a PGR se mostrar incapaz de conduzir o processo até ao fim.
A queixa-crime tinha sido entregue à Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal da PGR em Luanda, no dia 27 de Maio.
Manuel de Victória Pereira, responsável sindical e académico, é o segundo dirigente do Bloco Democrático a ser agredido pela polícia angolana.
O secretário-geral Filomeno Vieira Lopes também foi espancado em 2012 tendo fracturado um braço em resultado da violência policial.