O secretário de Estado americano acusou as forças russas de cometeram crimes de guerra na Ucrânia e garantiu que os Estados Unidos vão trabalhar para responsabilizar a Rússia.
“Vimos inúmeros relatos confiáveis de ataques indiscriminados e ataques deliberadamente dirigidos a civis, bem como outras atrocidades”, disse Antony Blinken, nesta quarta-feira, 23, em Bruxelas, acrescentando que muitos dos prédios de apartamentos, escolas, hospitais e outras infraestruturas atingidas “foram claramente identificados sabendo que havia civis".
O chefe da diplomacia americana disse que esta “avaliação” teve por base uma revisão cuidadosa das informações públicas e de inteligência recolhidas desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há exactamente um mês, a 24 de Fevereiro.
Binden avisa para uso de armas químicas
Blinken viajou com o Presidente Joe Biden a Bruxelas, onde vão se encontrar com aliados europeus nesta quinta-feira, 24.
Na hora da partida, Biden alertou sobre o uso potencial da Rússia de armas químicas contra a Ucrânia.
“Acho que é uma ameaça real”, afirmou.
Autoridades americanas já haviam alertado que Moscovo pode usar armas químicas na Ucrânia e responsabilizar os ucranianos por um eventual atraque, como parte de uma operação chamada de “bandeira falsa” para justificar a invasão russa.
A Rússia tem repetidamente refutado as acusações de crimes de guerra.
NATO reforça posições
Por outro lado, Joe Biden deve anunciar novas sanções contra a Rússia nesta quinta-feira, dia que marca um mês desde a invasão da Ucrânia.
A NATO também deve anunciar o envio de quatro novos grupos de combate para o flanco leste da aliança como parte das suas medidas defensivas adicionais, admitiu o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, a repórteres em Bruxelas na quarta-feira.
As unidades prontas para o combate devem ser enviadas para a Bulgária, Hungria, Roménia e Eslováquia, de acordo com Stoltenberg, enquanto outros estão totalmente operacionais nos Estados bálticos e na Polônia desde 2017.
“Espero que os líderes concordem em fortalecer a postura da NATO em todos os domínios, com grandes aumento de forças na parte oriental da aliança em terra, no ar e no mar”, disse Stoltenberg, acrescentando que a agressão da Rússia cria um “novo normal” para a segurança da aliança.