O activista de direitos humanos Bubacar Turé critica o Presidente guineense, que no fim-de-semana, afirmou que “existem rumores que indicam a possibilidade de um golpe de Estado no país”.
Para Turé, Úmaro Sissoco Embaló “sustentou a sua denúncia em rumores e, na minha modesta opinião, um Presidente da República, de forma alguma, deve reproduzir rumores”.
Este jurista e vice-Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos diz que, tendo Sissoco Embalo ao seu serviço instituições de segurança capazes de gerir informação, “não parece sensato vir a público denunciar um facto tão grave como golpe de Estado e até de eventuais assassinatos de altos dignitários do país”.
Além da alegada intenção de golpe de Estado e seu assassinato, Sissoco Embaló disse que “o mesmo plano visa (assassinar) o ministro da Defesa, Sandji Fati; e o do Interior, Botché Candé”.
Augusto Na Sambé, jurista e analista político, diz que não notando nenhum perigo real de golpe de Estado ou assassinatos, “o Presidente da República está a criar uma figura de vítima que é para ter um outro plano que ninguém sabe”.
“O Presidente da República deve parar e pensar. Caso contrário ele está só a piorar a situação, ao invés de resolvê-la”, diz Na Sambé.