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Bissau com forte presença policial na véspera da "paralisação" convocada pela oposição


Polícia detém políticos em marcha em Bissau, 21 novembro 2024
Polícia detém políticos em marcha em Bissau, 21 novembro 2024

A capital da Guiné-Bissau acordou nesta quinta-feira, 27, com uma forte presença das forças de segurança, na véspera de uma paralisação convocada pelo oposição para amanhã.

Apesar dessa presença, que deu primeiros sinais na terça-feira, 25, a cidade está calma, mas fontes da Voz da América falam numa “tensa calma” com elementos da Guarda Nacional e da Polícia de Intervenção Rápida em veículos blindados, com o apoio dos soldados da força de estabilização da CEDEAO, que se encontra no país há anos.

O repórter da Rádio Capital FM, parceira da Voz da América, Indjai Mamandin, informou que a escolas “estão parcialmente abertas mas muitos pais não levaram seus filhos” com medo de confrontos, o Mercado Bandim, o principal de Bissau, funciona com relativa tranquilidade e que a única entrada terrestre de Bissau tem um controlo policial, bem como as fronteiras terrestres do país.

Hoje, 27 de fevereiro , completam-se cinco anos da posse do Presidente Umaro Sissoco Embaló e a oposição defende que a partir de amanhã há uma vacatura na Chefia do Estado.

Por seu lado, Embaló e seus apoiantes dizem que o mandato só termina a 4 de setembro, quando completam-se cinco anos da confirmação da vitória dele pelo Supremo Tribunal da Justiça.

Convocatória à paralisação geral

Na terça-feira, as coligações partidárias PAI-Terra Ranka e a Aliança Patriótica Inclusiva (API) - Cabas Garandi pediram aos funcionários das instituições públicas e privadas a ficarem em casa a partir de amanhã, 28, como forma de protestar contra o que chamam de “ditadura e tortura” na Guiné-Bissau.

No anúncio, na voz do responsável pela Comunicação e Marketing do Partido da Renovação Social (PRS), Gabriel Ié, denominada “Ação conjunta para resgatar a democracia e respeito pela Constituição da República”, a oposição apelou ainda à paralisação dos transportes públicos e mercados.

“Guineenses, dia 28 de Fevereiro, fiquemos todos em casa, não vamos ao trabalho, como forma de reivindicar contra a ditadura e tortura, assim como contra problemas nos setores de saúde e educação, assim como subida de produtos da primeira necessidade”, afirma o anúncio da oposição.

No mesmo dia, o secretário de Estado da Ordem Pública declarou “tolerância zero” a qualquer tipo de atividade que possa pôr em causa a ordem pública.

Em conferência de imprensa, Carlos Monteiro Macedo disse que está a responder a sucessivas ameaças que têm sido divulgadas através das redes sociais e nos debates em algumas estações emissoras do país, nos últimos dois meses.

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