Uma semana depois do início da campanha eleitoral, analistas dizem que falta um debate “sério” sobre os problemas que o país enfrenta neste momento.
O sociólogo e professor universitário, Tamilton Teixeira, faz um balanço negativo, em termos de apresentação de uma agenda prioritária para o país
Teixeira questiona: “A exportação da castanha de caju representa quase 90% da nossa balança comercial, e quando isso não está nos debates, de uma forma pautada, nós vamos debater o quê?”
Para ele, “esta responsabilidade não cabe apenas aos políticos - a própria comunicação social, exemplo de alguns países onde são emissoras e associações académicas, a sociedade civil que organizam debates”.
Perante o cenário, Teixeira não duvida que “a sociedade civil guineense é muito pobre do ponto de vista da proposta de agenda e da consistência do seu activismo”.
Teixeira diz que havia uma certa ideia de que os partidos políticos iriam apresentar propostas de solução às questões de saúde, educação ou custo de vida, mas os debates estão direcionados a ataques pessoais.
Outra observação é do jornalista Bacar Camará, que diz que o “eleitorado tem, às vezes, dificuldades em avaliar essas promessas” dos políticos. “Isso tem sido prática da nossa democracia, ou seja, desde o advento da nossa democracia multipartidária”.
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