Os bispos católicos de Angola e São Tomé manifestam-se inconformados com a despenalização do aborto, nos moldes em que está prevista na nova lei penal angolana.
Os líderes também mostram a sua solidariedade com as vítimas da violência policial e alertam para a alta taxa de desemprego dos jovens.
Eles também reconhecem um caso de abuso sexual que está a ser tratado.
Na habitual nota pastoral, divulgada por altura do encerramento de mais uma assembleia anual, os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) consideram o aborto" um atentado ao quinto mandamento da lei de Deus".
Os bispos consideram a vida “um dom de Deus que deve ser acolhida, amada e defendida diante de todas as ameaças”.
A nova lei penal considera crime a interrupção da vida intra-uterina, mas abre algumas excepções, nomeadamente para os casos em que a mulher grávida corre risco de morte, em que a gravidez resulta de violações e de incesto e ainda quando a vida do feto for inviável do ponto de vista médico.
Violência policial e desemprego
Os bispos manifestaram ainda a sua solidariedade para com as vítimas da violência policial, das últimas chuvas no país e ainda do desabamento de uma mina artesal na próvíncia da Huíla.
Outras inquietações dos bispos estão relacionados com a “contínua crescente deflorestação do país" sem um plano visível de reposição, o que contrubui para a degradação do meio ambiente.
O prelado católico expressou também a sua preocupação pelo o crescente nível de desemprego e da criminalidade no seio ds juventud,e “que sente desesperada sem soluções imediatas à vista”.
Também consideram “contra producente” a “perseguição do mercado informal sem oferecer medidas alternativas de sobrevivência”.
O presidente da CEAST, Filomeno Vieira Dias garantiu que "não existem dados de abusos de menores na Igreja", e no único caso registado no país, sem especificar quando, o autor foi "entregue à Justiça e julgado".
"Essa pessoa está a assumir as suas responsabilidades. Mas, o facto de não termos dados, não quer dizer que não aconteçam", esclareceu Vieira Dias.
Ele conisderou o abuso de menores na igreja uma "monstruosidade abominável e condenável".