Os bispos católicos da África Austral, reunidos esta semana, em Gaberone, Botswana, manifestaram-se profundamente preocupados com o agravamento da tensão político-militar em Moçambique e exigiram a cessação de todas as acções de violência e do uso das armas, enveredando-se por um diálogo consequente.
Foi a primeira vez que os bispos da IMBISA, a sigla em inglês da Associação Inter-Regional dos Bispos da África Austral, se pronunciou sobre a situação de instabilidade político-militar que se vive em Moçambique há já algum tempo.
Moçambique fez-se representar no encontro pelo bispo auxiliar de Maputo, Dom João Nunes, que, em declarações à Voz da América, afirmou que os bispos da IMBISA, se manifestaram preocupados com o facto de em Moçambique as armas pretenderem substituir-se, com a sua voz, portadora do sofrimento e da morte, ao diálogo e á colaboração de todos na consolidação da paz.
Os bispos sublinharam ainda que Moçambique e os seus líderes “são citados como exemplo por terem sido capazes de porem fim a uma longa guerra com a força de diálogo. A coragem e a perseverança de percorrer o caminho de um diálogo autêntico e consequente não pode esmorecer agora”.
Nunes disse que os bispos defenderam um diálogo autêntico e consequente, realçando, entretanto, que, tanto a Renamo quanto o Governo, bem como a sociedade civil, estão de acordo que a solução para a presente situação em Moçambique, passa pelo diálogo, “mas o grande problema é como é que esse diálogo se concretiza”.
Para aquele dirigente religioso, a presente situação em Moçambique, não pode ser analisada de ânimo leve. “A situação é séria, onde há disparos, onde há colunas, onde há pessoas a fugirem, onde há refugiados, isso são sinais evidentes de guerra”, realçou aquele dirigente religioso.
Refira-se que a IMBISA integra os bispos católicos da Africa do Sul, Angola, Botswana, Lesotho, Moçambique, Swazilândia e Zimbabwe, bem como São Tomé e Príncipe, país que, entretanto, não se localiza na região austral de Africa.
Ramos Miguel, VOA-Maputo
Foi a primeira vez que os bispos da IMBISA, a sigla em inglês da Associação Inter-Regional dos Bispos da África Austral, se pronunciou sobre a situação de instabilidade político-militar que se vive em Moçambique há já algum tempo.
Moçambique fez-se representar no encontro pelo bispo auxiliar de Maputo, Dom João Nunes, que, em declarações à Voz da América, afirmou que os bispos da IMBISA, se manifestaram preocupados com o facto de em Moçambique as armas pretenderem substituir-se, com a sua voz, portadora do sofrimento e da morte, ao diálogo e á colaboração de todos na consolidação da paz.
Os bispos sublinharam ainda que Moçambique e os seus líderes “são citados como exemplo por terem sido capazes de porem fim a uma longa guerra com a força de diálogo. A coragem e a perseverança de percorrer o caminho de um diálogo autêntico e consequente não pode esmorecer agora”.
Nunes disse que os bispos defenderam um diálogo autêntico e consequente, realçando, entretanto, que, tanto a Renamo quanto o Governo, bem como a sociedade civil, estão de acordo que a solução para a presente situação em Moçambique, passa pelo diálogo, “mas o grande problema é como é que esse diálogo se concretiza”.
Para aquele dirigente religioso, a presente situação em Moçambique, não pode ser analisada de ânimo leve. “A situação é séria, onde há disparos, onde há colunas, onde há pessoas a fugirem, onde há refugiados, isso são sinais evidentes de guerra”, realçou aquele dirigente religioso.
Refira-se que a IMBISA integra os bispos católicos da Africa do Sul, Angola, Botswana, Lesotho, Moçambique, Swazilândia e Zimbabwe, bem como São Tomé e Príncipe, país que, entretanto, não se localiza na região austral de Africa.
Ramos Miguel, VOA-Maputo