A Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) condenou os assassinatos a 30 de Janeiro em Cafunfo, na província da Lunda Norte, e apelou à responsabilização de todos os implicados nos confrontos mortais.
Em conferência de imprensa nesta segunda-feira, 1, no santuário mariano da Muxima, em Luanda, os bispos denunciaram ainda o elevado nível de pobreza, fome, desemprego e perda do poder de compra dos angolanos e pediram ao Governo a adopção de umplano de contingência.
“Os bispos apelam para que a bem da armonia e do convívio plural entre todos, seja apurada a verdade material dos factos e sejam responsabilizados os que agiram contra lei de um e de outro lado”, afirmou o bispo de Cabinda, Dom Belmiro Chissengueti, ao lei o comunicado final da assembleia da CIAST que decorreu de 24 de Fevereiro a 1 de Março.
Os líderes católicos mostram-se igualmente preocupados com o “elevado tom dos discursos políticos que ameaçam desmoronar a estabilidade nacional.
No campo social e económico, os bispos dizem estar igualmente preocupados “com o elevado nível de pobreza, fome, desemprego, perda do poder de compra e encerramento de muitas empresas” e, por isso apelam as autoridades angolanas a elaborarem um um plano de contingência.
Por outro lado, a CEAST manifestou apoio e solidariedade aos bispos da província eclesiástica de Saurimo, que congrega as dioceses do leste de Angola, que “condenaram e deploraram os actos de violência” que “resultaram em mortes e violações clamorosas e incompreensível dos direitos humanos na vila de Cafunfo”.
No comunicado, os responsáveis católicos defenderam a necessidade da retoma das catequeses pelas crianças em todas dioceses, mas com respeito pelas restrições impostas pela combate à pandemia da Covid-19.
Ainda no campo ministerial, a CEAST aprovou a criação do Instituto Missionário Mamã Muxima e criou mais três dioceses.