Os bispos angolanos criticacarm a falta de medicamentos nos hospitais que abre caminhos aos charlatões para extorquir a população.
A afirmação é do porta-voz da Conferência Episcopa de Angola e São Tomé (CEAST), Dom José Manuel Imbanda, numa conferência de imprensa em Namibe no final da primeira assembleia da organização.
Os bispos dizem estar indignados com o "quadro deplorável de degradação" da saúde no país, e lamentama "escandalosa e gritante" falta de medicamentos e a "desumanidade endémica" nos hospitais.
O encontro com os jornalistas na província do Namibe teve lugar na manhã desta quarta-feira, 14, no Bispado da Diocese do Namibe
"Lamentamos ainda a facilidade com que produtos impróprios para o consumo humano entram no país e recomendamos para o efeito maior rapidez na correção desses males, assim como renovamos o compromisso de manter viva a cooperação através da Cáritas", disse Dom Imbamba.
Os bispos manifestaram-se, entretanto, desapontados com a provação da lei que despenaliza o aborto, que, para a CEAST constitui um desafio à lei divina sobre a vida. Excerto do comunicado da Conferencia Episcopal de Angola e São Tomé.
Por outro lado, os bispos congratularam-se com o levantamento da proibição da extensão do sinal da Rádio Ecclesia, a todo o país e encorajaram o Presidente João Lourenço a "prosseguir no caminho da reforma do Estado", para que todos os angolanos primam pela dignidade, honra e nobreza de espírito, fazendo com que as assimetrias regionais desapareçam, a cultura da justiça se fazendo se afirme e os bens de todos a todos beneficiem".