O bispo da Diocese de Cabinda disse na comuna de Necuto, no norte da cidade, que a pobreza que se vive em Angola foi causada por pessoas gananciosas que se sentem iluminadas e donos de todos os bens do povo.
Dom Belmiro Chissenguete deplora a "insensibilidade das autoridades" que governam o país "em não conseguirem resolver as situações mínimas das populações, como a água, luz eléctrica, estradas e o problema da saúde", numa região onde se assiste a delapidação de riquezas.
Pede que se esforcem para acudirem à miséria que se vive em grande parte de Cabinda.
Para o prelado o país só vai melhorar se as decisões não continuarem a vir de Luanda.
Dom Belmiro Chissengueti advogou que o "país não é propriedade de ninguém" e, por isso, é que se torna necessária a "institucionalização das autarquias para que os cidadãos saibam escolher os seus governantes".