O Presidente norte-americano, Joe Biden, visitou na manhã desta quarta-feira, 4, o Porto do Lobito, na província de Benguela, onde viu o cobre proveniente da República Democrática do Congo (RDC) com destino a New Orleans, nos Estados Unidos da América.
O comboio é operado pela Lobito Atlantic Railway (LAR), a concessionária dos serviços ferroviários e logística do Corredor do Lobito.
A LAR refere que está a demonstrar “o papel estratégico do Corredor do Lobito na ligação entre a África Austral e os mercados internacionais”.
No início da tarde, Biden visitou o complexo industrial da Carrinho, uma empresa à espera de financiamento norte-americano para a construção de silos.
Na passagem por Benguela, o Presidente americano reuniu-se ainda com os seus homólogos da República Democrática do Congo, Felix Tshisekedi, e da Zâmbia, Hakainde Hichilema.
No encontro com Tshisekedi, "os dois líderes afirmaram a necessidade de garantir a existência de condições para atrair investimento do setor privado na RDC, incluindo uma boa governação, transparência e uma RDC soberana que seja capaz de aproveitar a sua imensa riqueza em benefício de todo o seu povo", indica uma nota da Casa Branca.
Na ocasião, de acordo com a mesma fonte, "o Presidente Biden continuou a encorajar o compromisso com o Processo de Luanda para garantir uma resolução pacífica para o conflito no leste da República Democrática do Congo.
Num segundo encontro, Biden e o Presidente da Zâmbia, Hakainde Hichilema, abordaram o progresso económico e a democracia, bem com0 a importância do Corredor do Lobito.
Em nota, a Casa Branca diz que os presidentes "discutiram como estes investimentos em infra-estruturas - incluíndo através de um novo pacto de 491 milhões de dólares da Millennium Challenge Corporation com o Governo da Zâmbia - no qual os Estados Unidos investirão 458 milhões de dólares e a Zâmbia comprometerá 33 milhões de dólares -, ajudarão a catalisar o crescimento económico sustentável e inclusivo para as pessoas".
Os dois líderes sublinharam a necessidade de se criarem condições para atrair investimento do setor privado na Zâmbia e destacaram "a convicção de que democracias fortes e resilientes são essenciais para criar empregos de qualidade e um crescimento económico inclusivo".
A nota da Casa Branca conclui que Biden e Hichilema enfatizaram que "os países não devem ser impedidos de investir no seu desenvolvimento devido à necessidade de pagar uma dívida insustentavelmente elevada e, em conjunto, comprometeram-se a continuar a defender a reforma.
Após a cimeira em que participaram Biden, Lourenço, Tshisekedi e Hichilema, o Presidente dos Estados Unidos regressa a Washington, depois de mais de dois dias em Angola.
Fórum