Com os líderes do Sul Global preocupados com o facto de a guerra contra a Ucrânia voltar a dominar a Assembleia Geral das Nações Unidas em detrimento dos desafios do desenvolvimento, o Presidente dos EUA, Joe Biden, vai usar o seu discurso de terça-feira em Nova Iorque para argumentar que o mundo não pode abordar um sem o outro.
Apoiar Kyiv e abordar as preocupações do Sul Global, como a pobreza, a alta inflação e a dívida, são dois objetivos interligados, disse o conselheiro de segurança nacional Jake Sullivan à VOA na sexta-feira, 15, durante um briefing na Casa Branca.
"A invasão brutal da Ucrânia por parte da Rússia causou efeitos em cascata que afectam a segurança alimentar, a segurança energética e outras formas de danos em países de todo o mundo", disse Sullivan.
"E assim, terminar esta guerra em termos justos, com base nos princípios da soberania e da integridade territorial, irá certamente beneficiar não só o povo ucraniano, mas as pessoas em todo o mundo."
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, estará presente pela primeira vez desde o início do conflito e apresentará o seu caso diretamente à Assembleia Geral na terça-feira. Na quarta-feira, o presidente ucraniano vai falar numa reunião especial do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia, que poderá colocá-lo na mesma sala que o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sergey Lavrov, que representa a Rússia.
Sullivan disse que não há planos para Biden participar da reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia. Em vez disso, ele receberá o líder ucraniano na Casa Branca na quinta-feira.
Os EUA e seus aliados devem poder continuar a apoiar a Ucrânia e fornecer assistência económica adicional ao Sul Global, disse o ex-embaixador dos EUA na Ucrânia, John Herbst, que agora é diretor sénior do Centro Eurasia do Conselho Atlântico.
"Quer o Sul Global venha ou não a entender os grandes riscos de parar a agressão do Kremlin na Ucrânia, nós podemos parar essa agressão", disse Herbst à VOA.
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