O presidente dos EUA, Joe Biden, receberá os líderes dos aliados Austrália, Índia e Japão em sua cidade natal, Wilmington, Delaware, em 21 de setembro, para conversas sobre as tensões com a China, disse a Casa Branca na quinta-feira, 12.
A cúpula ocorre no momento em que Biden olha para seu legado de política externa em seus últimos meses como presidente de um mandato, depois de desistir da eleição de 2024 nos Estados Unidos e, efetivamente, entregar a indicação do Partido Democrata a sua vice-presidente, Kamala Harris.
“Esta será a primeira vez que o presidente Biden receberá líderes estrangeiros em Wilmington como presidente - um reflexo de suas profundas relações pessoais com cada um dos líderes do Quad e a importância do Quad para todos os nossos países”, disse sua porta-voz Karine Jean-Pierre num comunicado.
Biden “aguarda com expetativa” as boas-vindas ao primeiro-ministro australiano Anthony Albanese, ao primeiro-ministro indiano Narendra Modi e ao primeiro-ministro japonês Kishida Fumio, acrescentou.
O agrupamento quadripartido do Quad remonta a 2007, mas Biden tem impulsionado fortemente a aliança como parte de uma ênfase nas alianças internacionais para controlar os adversários - especialmente a China.
Ele sediou a primeira cúpula de líderes do Quad na Casa Branca em 2021 e tem havido cúpulas anuais desde então.
A declaração da Casa Branca não mencionou explicitamente a China, mas disse que os líderes se concentrariam em “promover a visão partilhada de uma região do Indo-Pacífico livre e aberta”.
O grupo tem utilizado frequentemente uma linguagem velada semelhante quando discute as tensões com a China, nomeadamente uma série de confrontos recentes entre navios chineses e filipinos no disputado Mar do Sul da China.
A próxima Cimeira do Quad será organizada pela Índia, informou a Casa Branca.
A escolha de Wilmington é uma escolha profundamente pessoal para Biden, que há décadas que considera a cidade como o seu lar e passa frequentemente os fins-de-semana na sua casa nos arredores.
Biden fez da política externa uma prioridade desde que se afastou das eleições em julho, após um desempenho desastroso no debate contra o republicano Donald Trump.
Harris deu a entender que iria manter a orientação da política externa de Biden, que coloca a ênfase no reforço das alianças dos EUA, incluindo com a NATO. No seu primeiro debate televisivo com Trump, na terça-feira, Harris adoptou um tom duro em relação à China.
A vice-Presidente disse que o republicano “nos vendeu” para a China “quando uma política sobre a China deveria ser para garantir que os Estados Unidos da América ganhem a competição para o século 21”.
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