O Presidente americano anunciou sanções adicionais que “vão impor custos severos à economia russa” após a invasão da Ucrânia, nesta quinta-feira, 24, em mesnagem à nação a partir da Casa Branca.
“Putin é o agressor. Putin escolheu esta guerra e agora ele e seu país vão arcar com as consequências”, disse Biden, quem indicou que as novas sanções terão como alvo bancos russos, oligarcas e sectores de alta tecnologia.
"Quando a história desta era for escrita, a escolha de Putin de fazer esta guerra completamente injustificada na Ucrânia deixará a Rússia mais fraca e o resto do mundo mais forte", afirmou o Presidente, prometendo limitar a capacidade bancária e monetária do regime russo em negociar "em dólares, euros, libras e yens".
"Isto vai impor graves custos na economia russa, a curto e a médio prazo. Desenhamos estas sanções para maximizar o impacto a longo prazo na Rússia e para minimizar o impacto nos EUA e nos seus aliados", reiterou o Presidente norte-americano.
"Hoje, sancionamos bancos russos que juntos têm mais de um bilião de dólares em activos. Cortamos o maior banco russo, que sozinho tem mais de um terço dos cativos bancários da Rússia, cortado do sistema financeiro bancário americano", anunciou Joe Biden.
Efeitos a longo prazo
Os Estados Unidos vão também aplicar sanções a pessoas próximas do regime e da elite russa, "bilionários corruptos que lucram com as políticas do Kremlin", segundo o Presidente americano, quem lembrou que as primeiras sanções começaram a ter efeito, ao provocaram o maior rombo na bolsa russa de 33,28 por cento na segunda-feira.
Com o apoio em conjunto com os países europeus, serão impostos limites ao comércio de empresas de tecnologia russa e haverá efeitos sobre produção de armas e a indústria aérea.
Por agora, não está sobre a mesa a retirada da Rússia do sistema de transferências bancárias a nível global.
O ataque
O Presidente russo iniciou o maior ataque europeu desde o fim da Segunda Guerra Mundial contra forças ucranianas na disputada região leste e lançou mísseis em várias cidades importantes, incluindo a capital, Kiev.
Vladinir Putin chamou de “operação militar especial” destinada à “desmilitarização e desnazificação” do seu vizinho do sul, que já foi uma república soviética, mas um país independente desde 1991.
Num discurso na televisão antes do amanhecer, o líder russo alertou outros países para não intervirem e disse que enfrentariam “consequências que nunca viram”.
Os EUA e seus aliados ocidentais condenaram rápida e unanimemente a invasão.
O chefe da política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, classificou o ataque da Rússia como “uma das horas mais sombrias para a Europa desde o final da Segunda Guerra Mundial”, disse que a Ucrânia precisa de "assistência urgente" e que a UE "responderá nos termos mais fortes possíveis".
O Presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy cortou relações diplomáticas com Moscovo e revelou que as forças russas realizaram ataques à infraestrutura militar e aos guardas de fronteira da Ucrânia.
Armas para todos
O Governo introduziu a lei marcial em todo o país, enquanto pede às pessoas que permaneçam calmas e fiquem em casa.
"Sem pânico. Nós somos fortes. Estamos prontos para tudo. Vamos conquistar todo mundo porque somos a Ucrânia", disse Zelenskyy, quem prometeu armar “qualquer um que queira defender o país”.
A invasão tem provocado ataques em todas as cidades e um dos primeiros objectivos dos russos foi tomar a central nuclear de Chernobyl.