O Presidente americano suspendeu as importações de petróleo e gás da Rússia, medida que, segundo Joe Biden “dará outro golpe poderoso na máquina de guerra de Putin”.
Esta é a mais recente decisão do Presidente americano para apertar o cerco à economia russa, em consequência da decisão de Vladimir Putin de invadir a Ucrânia no dia 24 de Fevereiro, o que já deixou milhares de mortos e mais de dois milhões de refugiados.
O decreto presidencial proíbe todas as importações de petróleo bruto, derivados de petróleo, gás natural, carvão e produtos de carvão e qualquer americano está também proibido de investir no sector energético da Rússia.
"Estamos a tomar esta decisão e entendo que muitos dos nossos aliados e parceiros europeus podem não estar em condições de se juntar a nós", admitiu Joe Biden, quem realçou que "os Estados Unidos produzem muito mais petróleo no mercado interno do que todos os países europeus juntos, na verdade, somos um exportador líquido de energia, portanto, podemos dar esse passo quando outros não podem".
No Reino Unido, o Governo anunciou hoje que eliminará gradualmente as importações de petróleo e derivados russos até o final deste ano.
O Presidente americano também anunciou que os membros da Agência Internacional de Energia concordaram em colocar no mercado 60 milhões de barris de petróleo bruto de reservas estratégicas de petróleo, sendo metade desse valor garantida dos Estados Unidos.
Na sua declaração, Biden disse ter recebido apoio interno dos seu aliados políticos, mas também da oposição, como o senador republicano Kevin Cramer, de Dakota do Norte, para quem "essa acção é um passo necessário para o mundo".
Cramer tinha afirmado que “o petróleo é uma arma para Putin”, que “já era hora de o Governo Biden reconhecer essa arma da energia” e que a proibição vai “prejudicar ainda mais o fluxo financeiro de Putin para travar uma guerra contra o povo amante da liberdade da Ucrânia”.
No ano passado, os EUA importaram quase 700 mil barris por dia de petróleo bruto e produtos petrolíferos refinados da Rússia, um número, no entanto, muito distante dos cerca de 4,5 milhões de barris de petróleo russo que a Europa importa todos os dias.
Entretanto, em resposta à decisão esperada do Presidente americano, a agência russa de notícias Interfax informou que Vladimir Putin, assinou hoje um decreto que restringe a importação e exportação de bens e matérias-primas "para garantir a segurança da Federação Russa".
Não há mais detalhes sobre o decreto.