Joe Biden entregou no sábado, 4, a Medalha Presidencial da Liberdade a 19 homenageados, concedendo a mais alta distinção civil dos Estados Unidos a artistas, estrelas do desporto, políticos e diplomatas.
Entre os homenageados pelo Presidente cessante estão o cantor e ativista Bono, a lenda do basquetebol Earvin “Magic” Johnson, a editora de moda de longa data Anna Wintour, a superestrela do futebol Lionel Messi, os actores Denzel Washington e Michael J. Fox e o estilista Ralph Lauren.
Outros homenageados deste ano são o chefe de cozinha José Andres, fundador da ONG World Central Kitchen, a investigadora de primatas Jane Goodall, uma das principais vozes ambientalistas, a política Hillary Clinton, o escritor George Stevens, o filatropista George Soros, o copresidente do Grupo Carlyle David M. Rubenstein, o empresário George W. Romney, o cientista Bill Nye, o Procurador-Geral Robert Francis Kennedy, os ativista Fannie Lou Hamer e Tim Gill e o político Ashton Baldwin Carter.
"Vocês defendem os valores da América, mesmo quando eles estão sob ataque", afirmou o Presidente dos EUA, Joe Biden.
Os homenageados “são grandes líderes porque são boas pessoas que deram contribuições extraordinárias ao seu país e ao mundo”, afirmou a Casa Branca em comunicado.
Alguns dos galardoados selecionados pelo democrata de 82 anos têm um perfil mais político, como o bilionário financeiro e filantropo de esquerda George Soros - uma espécie de papão para os republicanos - e Hillary Clinton, a antiga primeira-dama, senadora e secretária de Estado norte-americana que concorreu sem sucesso contra Donald Trump para a presidência em 2016.
Soros foi homenageado porque “apoiou organizações e projectos em todo o mundo que reforçam a democracia, os direitos humanos, a educação e a justiça social”, de acordo com um comunicado da Casa Branca.
Clinton, por sua vez, “fez história muitas vezes ao longo de décadas no serviço público”, incluindo ser a primeira mulher nomeada por um grande partido para uma eleição presidencial nos EUA.
Bobby Kennedy
Biden optou também por atribuir a título póstumo a Medalha Presidencial da Liberdade a Robert Francis Kennedy, mais conhecido por “Bobby” Kennedy ou pelas suas iniciais, “RFK”.
RFK foi procurador-geral dos EUA enquanto o seu irmão John F. Kennedy era presidente e foi assassinado em 1968 quando fazia campanha para a nomeação presidencial democrata.
“O seu legado continua a inspirar as pessoas empenhadas na justiça, na igualdade e no serviço público”, afirmou Biden numa declaração.
RFK era também o pai de Robert Kennedy Jr., “RFK Jr.”, um cético em relação às vacinas que foi escolhido pelo presidente eleito Donald Trump para ser o próximo Secretário da Saúde e dos Serviços Humanos.
As escolhas de Biden para a Medalha da Liberdade ilustram o desejo de deixar uma última marca antes de deixar o cargo.
Na quinta-feira, em mais uma ofensa a Trump, Biden atribuiu uma Medalha Presidencial do Cidadão a Liz Cheney, uma antiga congressista republicana do Wyoming que fez parte do painel da Câmara que investigou a insurreição de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio dos EUA.
Trump expressou a sua indignação com a medida na sexta-feira, chamando a Cheney, filha do antigo vice-presidente dos EUA Dick Cheney, “totalmente corrupta” e escreveu no Truth Social que “Biden recompensou-a apenas porque ela odiava ‘TRUMP’”.
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