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Biden e Lula falam sobre Venezuela e pedem divulgação das atas eleitorais


Presidentes dos EUA, Joe biden, e do Brasil, Luís Inácio Lla da Silva
Presidentes dos EUA, Joe biden, e do Brasil, Luís Inácio Lla da Silva

Ambos líderes dizem estar preocupados com a situação do país

Os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos falaram por telefone sobre a situação na Venezuela e ambos defenderam que o Governo tem de apresentar as atas das assembleias de voto.

A conversa entre Luiz Inácio Lula da Silva e Joe Biden demorou30 minutos nesta terça-feira, 30, a pedido do Presidente americano.

A Casa Branca informou em nota que Biden manifestou a sua preocupação com a situação do país e reforçou a necessidade da apresentação das atas.

"O Presidente Biden agradeceu ao Presidente Lula por sua liderança em relação à Venezuela. Os dois líderes concordaram na necessidade de liberação imediata de dados de votação completos, transparentes e detalhados no nível das seções eleitorais pelas autoridades eleitorais venezuelanas. Os dois líderes compartilharam a perspctiva de que o resultado da eleição venezuelana representa um momento crítico para a democracia no hemisfério e se comprometeram a manter uma coordenação estreita sobre o assunto", disse a Casa Branca.

A mesma fonte adiantou que o Presidente dos Estados Unidos quis ouvir o que Lula da Silva pensa sobre a situação.

Em Brasília, o Palácio do Planalto informou que Lula “reiterou a posição do Brasil de seguir trabalhando pela normalização do processo político no país vizinho, que terá efeitos positivo para toda a região”.

A nota afirma ainda que o Presidente brasileiro “reiterou que é fundamental a publicação das atas eleitorais do pleito ocorrido no último domingo”.

Depois, numa declaração conjunta Biden e Lula disseram que “concordaram com a necessidade de divulgação imediata de dados de votação completos, transparentes e detalhados ao nível da assembleia de voto pelas autoridades eleitorais venezuelanas”.

Protestos e ameaças na Venezuela

Na Venezuela, milhares de apoiantes da oposição reuniram-se em frente aos escritórios das Nações Unidas na capital, Caracas,nesta terça-feira, para assinalar o que consideram ter sido uma vitória eleitoral do candidato da oposição Edmundo González.

Os aliados de Maduro, entretanto, apareceram na televisão para acusar os líderes da oposição de serem fascistas.

A líder da oposição Maria Corina Machado, num comício, pediu ao Conselho Nacional Eleitoral, que é leal ao partido no poder, o Partido Socialista Unido da Venezuela, que divulgue as folhas de voto produzidas por cada distrito após o fecho das urnas, perguntando.

"Por que não os publicam?", perguntou Machado, quem acrescentou que a coligação de oposição por detrás da candidatura de González obteve mais de 84% dos votos e que está confiante de que foi escolhido nas eleições de domingo para ser o Presidente da Venezuela.

“A única coisa que estamos dispostos a negociar é a transição pacífica”, disse Machado enquanto a multidão gritava: “Não temos medo!”

O Presidente Maduro, por seu lado, acusou os dois líderes da oposição de estarem “por trás de uma tentativa de golpe de Estado” e que “a justiça chegará”.

O procurador-geral prometeu prender os dois líderes.

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