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Biden diz que abandonou a corrida à Presidência para dar lugar à nova geração


Presidente Joe Biden fala à nação a partir do Salão Oval, Washington, 24 julho 2024
Presidente Joe Biden fala à nação a partir do Salão Oval, Washington, 24 julho 2024

“A América não é um país de reis e ditadores e quem governa é o povo”, disse o Presidente e acrescentou que merecia um segundo mandato, mas que não pode ser"um obstáculo à democracia"

No seu primeiro discurso ao povo americano desde que anunciou, no domingo, 21, que tinha abandonado a corrida à Presidência, Joe Biden disse ter tomado essa decisão para dar lugar a uma nova geração e unir o país.

Biden diz que abandonou a corrida à Presidência para dar lugar a uma nova geração -3:39
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“Decidi que o melhor meio para avançarmos é passar o testemunho a uma nova geração”, afirmou o Presidente de 81 anos de idade, que durante semanas sofreu crescentes pressões para abandonar a sua campanha face a dúvidas sobre as suas capacidades físicas e mentais.

“Este é o melhor meio para unirmos o país”, acrescentou Biden, para quem “há lugar e tempo para aqueles que têm longos anos de experiência na vida pública”, mas “há também tempo e lugar para novas vozes”.

“Vozes frescas? Sim, vozes mais jovens e agora é o tempo e lugar para isso”, disse.

Biden é o primeiro Presidente a não concorrer a reeleição desde 1968, quando Lyndon Johnson anunciou a sua decisão de não se recandidatar numa altura de grande incerteza no país devido à guerra no Vietname.

A história está nas vossas mãos”.

“O grande ponto da América é que aqui, reis e ditadores não governam, é o povo quem faz isso”, destacou o Presidente que depois lembrou ao povo americano que “a história está nas vossas mãos”.

“O poder está nas vossas mãos. A ideia daquilo que é a América está nas vossas mãos”, acrescentou o Biden para quem “a defesa da democracia é mais importante do qualquer título”.


Seus sucessos

Mais à frente reconheceu acreditar no que tinha alcançado como Presidente, “a minha liderança no mundo, a minha visão para o futuro da América" e por isso "merecia um segundo mandato”.

“Eu reverencio esta posição, mas amo mais o meu país”, acrescentou Biden, sublinhando ainda que “nada, nada pode ser um obstáculo para salvar a nossa democracia”.

“Isso inclui a ambição pessoal”, sublinhou.

Abandono de Joe Biden reflete o verdadeiro espírito da democracia e comprometimento com o povo
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A partir do Salão Oval, o democrata defendeu a candidatura de Kamala Harris à Presidência em substituição dele e enfatizou que a atual vice-presidente “tem experiência, é dura e capaz”, algo que num comício, poucas horas antes, o candidato republicano Donald Trump contrariou, afirmando que Harris “é a pior vice-presidente da história da América”

Joe Biden disse que a Presidência era onde obtinha a sua força “e onde encontro a alegria em trabalhar para o povo americano”, e destacou, no entanto, que “o dever sagrado de melhorar a nossa União não é algo que diz respeito à minha pessoa, mas sim a vocês, às vossas famílias, aos vossos futuros, e a “nós o povo”, numa alusão à declaração da independência.

Próximo capítulo

Acabado de se recuperar da Covid-19, ele falou com uma voz fraca e prometeu continuar a fortalecer a NATO e os aliados no Oceano Pacífico e continuar a trabalhar para a paz no Médio Oriente e para pôr termo ao conflito entre Israel e o Hamas.

“Nos próximos seis meses estarei centrado em continuar a minha tarefa”, avisou Biden detalhando depois o que descreveu como os sucessos da sua Presidência nos campos económico e social.

O discurso de Biden durou apenas 12 minutos e abordou uma das decisões mais favoráveis da sua Presidência.

Segundo uma sondagem publicada hoje pela cadeia de televisão CNN, 87% dos eleitores aprovam a sua decisão de abandonar a campanha eleitoral.

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