Os enfermeiros do Centro de Hemodiálise de Benguela estão sem saláriso há seis meses, mas descartam a possibilidade de entrar em greve porque isso colocaria em perigo a vida de 122 pacientes que usam as instalação.
Situação idêntica vive-se no Lobito onde 92 pacientes usam o centro dessa cidade
Os trabalhadores, preocupados também com a baixa da qualidade do serviço de limpeza do sangue devido à falta de medicamentos, dizem sentir-se particularmente irritado porque não há qualquer pronunciamento das autoridades competentes.
‘’É difícil trabalhar sem salários, há pessoas que não fizeram nada desde que começou o ano, não temos nenhuma informação”, disse uma das enfermeiras.
“Para nós, mulheres, é mais difícil ainda, os meus filhos já não tomam leite, só a minha família é o meu suporte, mas estamos fartos de bater portas’’, acrescentou.
A paciente Maria Etélica mostrou-se solidária com os trabalhadores afirmando que com esta situação “ninguém fica alegre, e nós é que pagamos”.
“O Governo tem de resolver isso, é preciso que as pessoas sintam o que os outros sofrem para ver como é’’, acrescentou.
A VOA não conseguiu obter a versão do presidente do Instituto Angolano do Rim, Jesus Rasgado, parceiro do operador privado que gere as clínicas, que chegou a condicionar os salários e aquisição de fármacos a uma dívida do Ministério da Saúde a rondar os 5,5 mil milhões de kwanzas.