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Benguela: Fábrica inaugurada em Fevereiro não paga salários e está paralisada


Presidente angolano João Lourenço em Benguela, 20 de Fevereiro 2021 quando a fábrica foi inaugurada
Presidente angolano João Lourenço em Benguela, 20 de Fevereiro 2021 quando a fábrica foi inaugurada

Seguranças estão há sete meses sem salários

Oito meses após ter sido reinaugurada pelo Presidente angolano João Lourenço os 130 trabalhadores da fábrica têxtil de Benguela dizem que náo recebem salários há vários meses e que a produção está paralizada devido à falta de algodão.

Benguela: Inaugurada em Fevereiro fábrica de texteis não paga salários – 2:05
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Os seguranças, sem salários há sete meses, são os mais prejudicados, ao passo que o pessoal técnico reclama dois, três e quatro meses de salários em atraso.

Em nome do colectivo, o sindicalista Waldemar António diz que a nova gestora da fábrica, a empresa Baobab, do Zimbabwe, vem dando sinais de falta de credibilidade.

Sindicalista Waldemar Antonio
Sindicalista Waldemar Antonio

“Nós estamos paralisados há um mês, primeiro porque não pagam, é irregular, e também por causa da situação contratual”, disse afirmando que “até agora não temos contracto de trabalho, e em reuniões com a direcção, assim que chegaram, muitos disseram que a Baobab entrou num concurso público às escuras".

"Isto assim é complicado para uma empresa nova, que quer crescer", acrescentou.

O coordenador técnico e chefe da produção, João David, diz que não entra em detalhes sobre a situação da empresa, mas salienta que os salários e a falta de algodão devem ser resolvidos nos próximos dias.

“Sou apenas coordenador e supervisor da área técnica. As respostas devem ser dadas pelo Conselho de Administração, são razões administrativas que provocam atrasos", disse o responsável.

Nos termos do contrato de gestão, a Baobab vai gerir a antiga África Têxtil durante 12 anos, produzindo algodão em Angola, devendo posteriormente adquirir a unidade.

Com capacidade instalada para produzir milhares de toneladas de bens têxteis, como tecidos, fios de algodão e toalhas, fruto de um financiamento de 480 milhões de dólares americanos, a fábrica tem planos chegar aos 1200 funcionários.

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