O Banco Mundial aprovou hoje, 28, a elegibilidade de Moçambique para beneficiar-se do seu instrumento de Alocação para Prevenção e Resiliência (PRA), “desbloqueando até 700 milhões de dólares em financiamento para prevenir a escalada do conflito e construir resiliência em Moçambique”.
Mais de 600 mil pessoas foram forçadas a fugir de distritos do norte de Cabo Delgado, desde o início dos ataques do grupo Estado Islâmico, em 2017. Pelo menos duas mil foram mortas, muitas por decapitação. Várias infraestruturas foram destruídas, incluindo escolas, hospitais e bancos.
Uma nota do Banco Mundial diz que foi, em paralelo, aprovada “uma doação de 100 milhões de dólares da Associação Internacional de Desenvolvimento (IDA) em apoio ao Projeto de Recuperação da Crise do Norte de Moçambique”.
Além da melhoria de serviços básicos, tal iniciativa, diz o Banco, visa “a restauração de meios de subsistência e criação de oportunidades económicas (...) bem como a reabilitação de infraestruturas públicas selecionadas destinadas a beneficiar as pessoas deslocadas internamente e comunidades anfitriãs em áreas específicas do Norte de Moçambique.
"A operação irá apoiar “o governo à medida que este intensifica sua assistência direta aos deslocados internos e comunidades anfitriãs e implanta sua estratégia para prevenir a escalada do conflito enquanto constrói a resiliência das comunidade,” afirma Idah Z. Pswarayi-Riddihough, directora do Banco Mundial para Moçambique, Madagáscar, Comores, Maurícias e Seicheles.