O secretário-geral das Nações Unidas pediu aos actores políticos da Guiné-Bissau para “demonstrarem boa vontade e um espírito de compromisso” na implementação do Acordo de Conacri que propõe um Governo inclusivo para o país.
A posição de Ban Ki-moon foi tornada pública nesta sexta-feira, 16, na véspera da Cimeira de Aruba, em que, amanhã, o mediador da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), o presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, irá apresentar os resultados da sua mediação.
“O secretário-Geral acompanha de perto a evolução da formação de um novo Governo na Guiné-Bissau, nomeadamente as decisões tomadas pelo Presidente José Mário Vaz a este respeito em 12 de Dezembro de 2016 ea declaração do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) de 13 de Dezembro de 2016, distanciando-se do novo Gabinete”, diz a nota do porta-voz de Ki-moon que considera o Acordo de Conacri “um primeiro e importante passo para orestabelecimento da viabilidade institucional na Guiné-Bissau”.
O secretário-geral encoraja “a CEDEAO a continuar a apoiar os esforços dos dirigentes da Guiné-Bissau” e diz aguardar “com expectativa as decisões”da Cimeira de Abuja para “facilitar a plena implementação do Acordo de Conacri”.
Ban Ki-moon reitera no comunicado que o representante sspecial na Guiné-Bissau Modibo Touré continuará a trabalhar em estreita colaboração com todas as partes envolvidas na crise política que a Guiné-Bissau enfrente desde Agosto de 2015.
Recorde-se que esta semana o Presidente da República empossou um novo Governo, sem o apoio do PAIGC, partido mais votado nas eleições de 2014, e de mais três partidos com assento parlamentar.
Os líderes desses partidos do PAIGC, Partido da Convergência Democrática, União para Mudança e Partido da Nova Democracia encontram-se desde ontem em Abuja, onde vão apresentar o seu posicionamento sobre a situação actual.
Na posse do Executivo de Umaro Embaló, José Mário Vaz considerou o elenco inclusivo e que “respeita o Acordo de Conacri”.