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"Azulinhos" fazem dinheiro nas estradas de Angola


Simbolo da "gasosa"
Simbolo da "gasosa"
Motoristas em várias das principais estradas de Angola estão a ser obrigados a pagar “gasosa” a polícia em dezenas de postos de controlo que se transformaram numa fonte de rendimento para os agentes.


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Utentes entrevistados pela Voz da América disseram que as “portagens” a que são submetidos podem ir até 2.000 Kwanzas tornado uma viagem de Luanda em direcção ao sul particularmente cara podendo atingir um total de 25000 Kwanzas (250 dólares) dólares numa viagem da capital para o Lobito.

Os agentes da polícia de trânsito e da brigada especial de trânsito “BET”, são acusados de praticar actos indecorosos de corrupção nas estradas, que contrastam com as normas policiais, ao exigir ilegalmente avultadas somas em dinheiros aos camionistas com cargas e mini-autocarros com passageiros, em troca de livre circulação de pessoas e bens.

“Nós estamos perante uma via onde os documentos não interessam à polícia. Com licença ou sem ela a polícia exige dinheiro e sem dinheiro o motorista é vítima da diabolização e quando isso acontece, os passageiros também reclamam a demora”, explicou um dos utentes da via, em sentido, Luanda/ Lubango.

Um outro utente Faustino Mateus disse os “caprichos” da polícia fazem atrasar as viagens.

“Nessa via, Luanda/Benguela, a pessoa pode partir muito cedo de Luanda para Lubango, mas acaba por chegar sempre muito tarde devido aos caprichos da polícia nesta estrada. Há muitas paragens e os mini-autocarros são viaturas muito marcadas pelos agentes da policia. Pode aparecer outra viatura à frente, basta chegar um mini-autocarro no posto policial e a preocupação é o mini-autocarro, para os policias facturarem”, lamentou Mateus, motorista e proprietário de uma viaturas.
A estrada Nacional Lubango, Benguela, Kwanza Sul e Luanda é a que mais enriquece os bolsos dos polícia.

“Neste troço, Lubango/ Luanda, no Hoque deixamos 1000 kwanzas, na Cacula 2000 kwanzas, em Quilengues a policia nos usurpa igualmente 2000 kzs, chegamos em Catengue, 1000 kzs, antes de entrar em Benguela, encontramos o posto da BET, também 1000 Kzs, entra-se em Benguela, já não se fala, é 1000, 1000 kzs, atá que se sai da cidade do Lobito,” disse José Tchimuco.

“Portanto, do Lubango á Luanda um individuo tem que preparar no mínimo 25.000 kzs, equivalente a 250 USD, para deixar na estrada com os `azulinhos´”, disse Tchimuco usando o termo porque a população cohence os agentes da polícia.
Os usuários das estradas dizem a mão pesada do então comanda do Namibe António Pedro Candela terá produzido efeitos positivos, que deixaram livre de actos de corrupção policial, a estrada nº 280, Namibe/Lubango.

“È possível combater a corrupção nas estrada, basta olharmos para o comportamento dos agentes de policia de transito na estrada nº 280, Namibe/Lubango, não há pente, ao contrário das estradas Lubango/Benguela/Luanda e Luanda/Huambo,” retorquiu uma da vitimas da extorsão policial nas estradas.


O Comandante geral da Policia nacional, o Comissário geral Ambrósio de Lemos Freire dos Santos instado pela voz de América no Namibe, a pronunciar-se sobre os factos, pede desculpas as vítimas e apela que sejam denunciados para as devidas medidas que se impõem.

“Infelizmente são factos que nós temos constatado e, as pessoas transmitem-nos e nós temos atempadamente castigado os elementos denunciados,” disse “O meu apelo vai precisamente para os utentes da via, camionistas e outros, que no seu dia-a-dia encontram estes elementos, para que não pactuem com este comportamento” reagiu o comandante geral da corporação.

O Comissário e comandante-geral da Policia Nacional disse que o comodismo, às vezes pode estar na base desta má prática de alguns agentes da corporação osa.

Garantiu luta semm quartel contra esta pràtica, a curto prazo, mas, segundo o número um da corporação, é necessário que haja pessoas corajosas que denunciem estas praticas nocivas que lesam a imagem da corporação, para as devidas medidas.
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