Quatro fontes ligadas às investigações ao acidente com o avião das Linhas Aéreas do Azerbeijão que se despenhou na quarta-feira, 25, no Cazaquistão, provocando a morte de 38 pessoas, disseram à agência Reuters que o aparelho foi abatido pelo sistema de defesa anti-aérea da Rússia.
Numa primeira reação, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Pesko, disse aos jornalistas que “será errado levantar quaisquer hipóteses antes das conclusões da investigação".
O avião caiu depois de se desviar de uma zona no sul da Rússia onde Moscovo, nos últimos dias, tem usado sistemas de defesa anti-aérea contra drones ucranianos.
Uma das fontes azeris disse que resultados preliminares indicam que o avião foi atingido pelo sistema ant-aéreo Pantsir S e que os seus sistemas de comunicação foram paralizados de forma elétrica quando se aproximava de Grozny.
Outras três fontes ligadas à investigação confirmaram esta versão dos acontecimentos.
A companhia de segurança de aviação Osprey Solutions disse que que tudo indica que o aviao foi abatido.
Um antigo especialista da agência francesa de investigação de acidentes aéreos BEA, citado pela AFP, disse que parece haver “muitos estilhaços” nos destroços.
Ao falar sob anonimato, acrescentou que os danos "fazem lembrar" o voo MH17 da Malaysia Airlines, que foi abatido por um míssil terra-ar por rebeldes apoiados pela Rússia no leste da Ucrânia em 2014.
A Euronews citou fontes do Governo do Azerbaijão que revelam que "estilhaços atingiram os passageiros e a tripulação de cabine ao explodir junto à aeronave em pleno voo".
Entretanto, em Moscovo, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse aos jornalistas que “seria errado levantar quaisquer hipóteses antes das conclusões da investigação".
A Agência Federal de Transportes Aéreos da Rússia afirmou que o avião "colidiu com aves" e que o comandante decidiu aterrar em Aktau.
A aeronave Embraer 190, de fabrico brasileiro, deveria voar para noroeste da capital do Azerbaijão, Baku, até à cidade de Grozny, na Chechénia, no sul da Rússia, mas em vez disso desviou-se da sua rota através do Mar Cáspio.
Trinta e oito das 67 pessoas que seguiam a bordo morreram.
C/Reuters e AFP
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