O debate sobre as autarquias em Angola continua no Lubango, na province da Huíla, com os diversos autores a manifestarem as suas opiniões.
Num debate promovido pela CASA-CE, o cientista politico Nélson Pestana Bonavena defendeu a realização das autarquias em todo o território nacional em 2020, contrariando deste modo a tese do gradualismo territorial.
O MPLA reitera a sua posição.
Nas suas contas, Bonavena conclui que se o país avançar para as autarquias de forma gradual, o último município apenas irá a voto em 2032, pelo que defende uma mobilização contrária.
“Quer dizer ninguém quer ficar de fora desse processo. Então se as pessoas não querem ficar fora desse processo têm que se mobilizar para não deixar o seu município fora do processo de implementação das autarquias”, defendeu aquele professor.
MPLA mantém gradualismo
O MPLA na região garante estar apostado na implementação deste novo modelo de exercício do poder político.
O primeiro secretário do MPLA na Huíla, João Marcelino Tchipingui, fez saber que o seu Governo já iniciou um processo de desconcentração administrativa a pensar nas autarquias de 2020.
O também governador da província antevê novos desafios aos actuais municípios com a realização das autarquias locais.
«O aparelho administrativo do município será maior e com maiores competências do que a estrutura municipal. O que se significa que todos nós teremos que nos engajar porque as tarefas serão maiores”, anunciou João Marcelino Tchipingui.