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Autoridades tradicionais nas Lundas exigem libertação de todos os detidos a 30 de Janeiro


Soba Mwakapenda Kamulemba disse que pelo menos 174 pessoas morreram nos confrontos, mas número não tem confirmação independente

As autoridades tradicionais dos Lunda Tchokwes Watchissengue Watembo exigem a libertação incondicional de todos os presos políticos detidos em consequências das manifestações de 30 de Janeiro na aldeia de Cafunfo, na província angolana da Lunda Norte.

Autoridade tradicional diz que mais de 170 pessoas morreram no Cafunfo – 2:22
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O soba Mwakapenda Kamulemba, igualmente membro da "corte" do Rei dos Tchokwes Mwatchissengue Watembo, que territorialmente controla a região que contempla a Vila de Cafunfo, disse à VOA que as autoridades tradicionais contabilizaram 174 pessoas mortas em Cafunfo.

O número, no entanto, está longe das diversas versões apresentadas até agora e não tem confirmação independente.

Enquanto as autoridades angolanas falam em seis mortes nos confrontos entre a Polícia Nacional e manifestantes convocados pelo Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, a Amnistia Internacional confirmou 10 mortos e as bancadas parlamentares da UNITA, CASA-CE e PRS disseram ter provas de 23 mortos e 10 desaparecidos.

As autoridades tradicionais, no entanto, pediram ao Governo que privilegie o diálogo e evite o recurso às armas e detenções intimidatórias.

Fiel Buaco, secretário geral do Movimento liderado por José Mateus Zecamutchima, acusa o MPLA de ter preparado “indivíduos bem que, neste momento da turbulência, se fazem passar por altos dirigentes do Movimento Protectorado Mário Lunda Tchokwe com o único propósito de destruir a organização.

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